sábado 10 2013

Após reunião com vereadores, ativistas continuarão a ocupar Câmara do Rio

Rio de Janeiro

Manifestantes prometem manter ocupação até que suas exigências sejam atendidas

Rio: Manifestantes tomam o plenário da Câmara de Vereadores, nesta sexta (9/8)
Rio: Manifestantes tomam o plenário da Câmara de Vereadores, nesta sexta  - VEJA

Após 1h30 de reunião neste sábado, 10, uma comissão de 12 manifestantes que ocupam a Câmara de Vereadores do Rio desde a última quinta-feira entregou uma lista com cinco reivindicações ao presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB). A principal exigência é a substituição de quatro dos cinco vereadores que compõem a recém-instalada CPI dos Ônibus, e que não assinaram o requerimento para criação da comissão.
Segundo o vereador Jefferson Moura (PSOL), que participou do encontro, o presidente da Câmara recebeu a lista de reivindicações e prometeu marcar uma reunião com todos os 51 parlamentares na segunda-feira, 12, para debater o assunto. Os manifestantes, no entanto, prometeram continuar com a ocupação do Palácio Pedro Ernesto até que suas exigências sejam atendidas.
"Do ponto de vista do regimento da Casa, a CPI já está formada e o presidente não tem poder para substituir seus membros. Ele prometeu convocar uma reunião na segunda-feira, com todos os vereadores, para tentar encontrar uma saída política. Ou seja: que os atuais membros renunciem. Mas nada impede que a OAB ou o Ministério Público entrem na Justiça contra a atual comissão", explicou Jefferson Moura.
Além de Moura e Jorge Felippe, participaram da reunião deste sábado os vereadores Renato Cinco (PSOL), Reimont (PT), Jairinho (PSC) e Rosa Fernandes (PMDB), além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O autor do requerimento de criação da CPI, Eliomar Coelho (PSOL), não compareceu.
A CPI atualmente é composta pelos vereadores Chiquinho Brazão (PMDB), Professor Uóston (PMDB), Jorginho da SOS (PMDB) e Renato Moura (PTC). Nessa sexta-feira, os dois primeiros foram escolhidos presidente e relator da CPI, respectivamente.
Tradicionalmente, o autor do requerimento é escolhido presidente da CPI. Por isso, outra exigência dos ativistas é que Eliomar Coelho presida a comissão.
A reunião estava marcada para as 11h com as lideranças do protesto, mas começou com mais de uma hora de atraso. A principal das cinco reivindicações dos manifestantes é a impugnação da sessão de ontem da Câmara que escolheu os representantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará os mecanismos de concessão de linhas de ônibus pela Prefeitura do Rio.
Os idealizadores do protesto não aceitam que a presidência e a relatoria estejam a cargo de deputados que integram a base do prefeito Eduardo Paes (PMDB). O presidente é o peemedebista Chiquinho Brazão, que teve o gabinete invadido e pichado nesta sexta-feira. O relator, também do partido do prefeito, é o vereador Professor Uóston, cujo gabinete quase foi invadido e teve a porta pixada.
A segunda reivindicação é o afastamento da CPI dos quatro membros que recusaram-se a assinar o requerimento que resultou na sua instalação. São eles Brazão, Professor Uóston, Jorginho da SOS (PMDB) e Renato Moura (PTC).
O terceiro item da lista é assegurar a "participação ampla e irrestrita" da população nos trabalhos desenvolvidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito. A quarta, a escolha para a presidência da CPI do vereador Eliomar Coelho (PSOL), autor do requerimento de instalação. A quinta, a participação na Comissão apenas de deputados signatários do requerimento.
No plenário, dormiram 56 manifestantes, vigiados por 15 policiais militares.
(Com Estadão Conteúdo)

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