quarta-feira 10 2013

Senado aprova emenda que veta parentes na suplência

Legislativo

veja.com

PEC aprovada não altera, entretanto, regra que permite a suplentes tomar posse definitiva do mandato em caso de morte, renúncia ou cassação do titular

Gabriel Castro, de Brasília
Plenário do Senado durante sessão deliberativa
Plenário do Senado durante sessão deliberativa (Arthur Monteiro/Agência Senado)
O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira um projeto que reduz de dois para um o número de suplentes de senadores, e proíbe que parentes (até o segundo grau) sejam colocados na mesma chapa do titular. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ainda depende do aval da Câmara dos Deputados. Foram 64 votos favoráveis e um contrário - houve uma abstenção.

O texto é similar ao que foi rejeitado nesta quarta-feira, com uma mudança: em caso de morte, renúncia ou cassação do titular, o suplente permaneceria no cargo até o fim do mandato. A proposta derrubada previa novas eleições nestes casos, o que desagradou boa parte dos senadores.

"A PEC de ontem apresentava defeitos. Agora sim, acredito que vai atender aos anseios da nossa sociedade", afirmou Wilder Morais (DEM-GO), suplente do ex-senador Demóstenes Torres.

O texto rejeitado nesta quarta é de autoria de José Sarney (PMDB-AP). O desta quinta foi elaborado por Francisco Dornelles (PP-RJ).

As novas regras não valem para os senadores em exercício, o que permitirá, por exemplo, que Lobão Filho (PMDB-MA) continue no exercício do cargo. Ele ocupa a vaga do pai, Edison Lobão (PMDB-MA), que é ministro de Minas e Energia.

A medida aprovada faz parte de um esforço dos parlamentares para esvaziar a agenda sugerida pela presidente Dilma Rousseff em sua fracassada tentativa de convocação de um plebiscito para a reforma política. O modelo de suplência de senador era um dos temas propostos pelo Executivo.

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