Cigarro
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Estudo de 40 anos aponta que diminuir o número de cigarros diários pode reduzir em 15% os riscos de mortalidade. Parar totalmente de fumar ainda traz os maiores benefícios à saúde
Cigarro: embora largar o vício ainda seja o mais indicado à saúde, quem reduz o número de cigarros fumados já começa a se beneficiar (ThinkStock)
Inúmeros estudos demonstram os benefícios de parar de fumar completamente. Entre eles, estão redução nos riscos de doenças, aumento na expectativa de vida e melhora na qualidade geral de vida. Para de fumar pode, no entanto, ser um caminho difícil e longo, e apenas um percentual pequeno de pessoas obtém sucesso. Um novo estudo publicado no American Journal of Epidemiology afirma que apenas a redução na quantidade de cigarros fumados por dia já pode reduzir em 15% os riscos de mortalidade — quem para de fumar por completo tem uma redução de 22%.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Smoking Reduction at Midlife and Lifetime Mortality Risk in Men: A Prospective Cohort Study
Onde foi divulgada: periódico American Journal of Epidemiology
Quem fez: Yariv Gerber, Vicki Myers e Uri Goldbourt
Instituição: Universidade de Tel Aviv, em Israel
Dados de amostragem: 4.633 israelenses homens, fumantes e com idade média de 50 anos
Resultado: Reduzir o número de cigarros fumados por dia reduz em 15% os riscos gerais de mortalidade e em 23% os riscos para mortalidade por problemas cardiovasculares.
O estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel, usou dados de 4.633 trabalhadores homens e fumantes. Todos tinham, em média, 50 anos à época do recrutamento para a pesquisa, que durou 40 anos. As entrevistas para avaliar os hábitos de fumo foram feitas em 1963 e novamente em 1965.
Na primeira entrevista, os participantes foram colocados em categorias de consumo diário de cigarros: nenhum, 1 a 10 cigarros, 11 a 20 cigarros e mais do que 21 cigarros. No segundo encontro, em 1965, os pesquisadores avaliaram se os participantes haviam aumentado, mantido ou reduzido o hábito de fumar durante um intervalo de dois anos — redução ou aumento foi medido conforme o voluntário mudava de categoria.
Resultados — Como já era esperado, aquelas pessoas que desistiram por completo do cigarro tiveram os melhores benefícios em prazos mais longos, com 22% de redução na mortalidade em geral. Já aqueles que reduziram o fumo em uma categoria ou mais tiveram queda de 15% nos riscos gerais de mortalidade e 23% menos riscos para mortalidade por problemas cardiovasculares.
Além disso, os pesquisadores mediram a sobrevivência dos participantes até os 80 anos. Desistentes tiveram 33% mais chances de chegar aos 80 anos, enquanto aqueles que reduziram tiveram 22% mais chances.
Além disso, os pesquisadores mediram a sobrevivência dos participantes até os 80 anos. Desistentes tiveram 33% mais chances de chegar aos 80 anos, enquanto aqueles que reduziram tiveram 22% mais chances.
Segundo Vicki Myers, uma das coordenadoras do levantamento, nunca é tarde para se parar de fumar. Os participantes que tinham, em média, 50 anos de idade quando o estudo começou ainda eram capazes de parar ou reduzir, e ver benefícios a longo prazo. A redução no fumo ainda é uma política controversa. Alguns profissionais da saúde acreditam que ela dilua a mensagem para o combate completo ao fumo e postergue a iniciativa para parar de fumar.
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