Saúde masculina
Até hoje, só era conhecida a forma como a ereção ocorria, e não o que levava à sua manutenção
Homem: Desvendado mecanismo que permite que o homem mantenha uma ereção (Thinkstock)
Um estudo desenvolvido na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, desvendou os processos químicos que levam um homem a manter uma ereção — até agora, só eram conhecidos os fatores que faziam com que o pênis ficasse ereto, mas não os necessários para mantê-lo dessa forma. Para os autores da pesquisa, publicada nesta semana no periódicoProceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a descoberta abre portas para novas terapias capazes de ajudar pacientes que sofrem de disfunção erétil.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Cyclic AMP Dependent Phosphorylation of Neuronal Nitric Oxide Synthase Mediates Penile Erection
Onde foi divulgada: Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)
Quem fez: K. Joseph Hurta, Sena F. Sezenb, Gwen F. Lagodab, Biljana Musickib, Gerald A. Rameauc, Solomon H. Snyderd e Arthur L. Burnettb
Instituição: Universidade Johns Hopkins
Resultado: Depois de liberar com estímulos físicos e do cérebro, ondas de óxido nítrico, o sistema nervoso cria uma cascata de substâncias químicas que são geradas com a ereção, fazendo com que a liberação do neurotransmissor continue por mais tempo.
De acordo com os pesquisadores, a liberação de óxido nítrico, um neurotransmissor produzido no tecido nervoso, provoca a ereção pois relaxa os músculos, permitindo que o sangue chegue ao pênis. "No entanto, nos sabíamos que esse era apenas um estímulo inicial. Por isso, queríamos descobrir o que permite que a ereção se mantenha", afirma o coordenador do estudo, Arthur Burnett.
Ao estudarem camundongos, Burnett e sua equipe descobriram que o sistema nervoso, depois de liberar com estímulos físicos e do cérebro ondas de óxido nítrico, produz uma cascata de substâncias químicas que são geradas com a ereção, fazendo com que a liberação do neurotransmissor continue por mais tempo, dentro de um modelo cíclico.
Embora o estudo tenha sido feito com animais, Burnett afirma que a biologia básica da ereção é a mesma entre roedores e seres humanos. "Agora, vinte anos depois de descobrirmos a importância do óxido nítrico na ereção, sabemos que esse neurotransmissor inicia um sistema cíclico, que continua a produzir ondas do neurotransmissor", diz o pesquisador.
"Foi uma viagem de vinte anos para completar a nossa compreensão desse processo. Agora, pode ser possível desenvolver terapias para melhorar ou facilitar o processo”, diz Solomon Snyder, que participou da pesquisa.
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