São Paulo
Levantamento mostra ainda que jovens não apresentam melhoras nos fatores de risco associados ao excesso de peso
Obesidade: 40% das crianças obesas atendidas por ambulatório em SP não dão continuidade ao tratamento (Thinkstock)
Cerca de 40% das crianças e adolescentes obesos que são submetidos a um tratamento contra a obesidade abandonam o procedimento antes de sua conclusão. Essa é a conclusão de um levantamento feito no Ambulatório de Nutrição do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. A pesquisa também indicou que 60% desses jovens não conseguem reduzir os fatores de risco associados ao excesso de peso, como colesterol alto e níveis elevados de açúcar e gordura no sangue.
O levantamento levou em consideração dados de 51 crianças ee adolescentes que já haviam sido atendidos no ambulatório. Desses pacientes, 20 interromperam o tratamento de redução de peso e de riscos à saúde associados à obesidade. O alto percentual de desistências se reflete nos resultados do tratamento: 40% de todos os jovens atendidos apresentaram melhoras de saúde, enquanto 40% mantiveram os fatores de risco relacionados ao sobrepeso e os 20% restantes chegaram a ter um agravamento desses problemas.
Devido ao aumento do atendimento a crianças que sofrem com a obesidade, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia inaugurou, há um mês, um ambulatório específico para o tratamento da a obesidade infantil. O acompanhamento inclui educação nutricional e orientações de mudança de estilo de vida e de hábitos alimentares.
Obesidade infantil — Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 170 milhões de jovens até 18 anos em todo o mundo são obesos ou têm sobrepeso. No Brasil, dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que, em 2009, 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas entre 5 e 9 anos de idade eram obesos. Esse índice, entre adultos, foi de 15,9% para homens e 19,6% para mulheres.
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