Lava Jato
Doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, citam José Carlos Cosenza, atual diretor de Abastecimento, entre pessoas que receberam suborno. Executivos de empreiteiras negam
Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
O doleiro Alberto Youssef em depoimento (VEJA)
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef acusaram o atual diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, de participação no esquema de cobrança de propinas a fornecedores da petrolífera. As acusações serviram de base às perguntas feitas durante os interrogatórios dos diretores presos das empreiteiras suspeitas de participar do petrolão, como ficou conhecido o esquema de desvio de recursos dos cofres da estatal para o bolso de políticos e partidos. Os depoimentos vieram a público nesta segunda-feira.
"Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef mencionaram a existência de pagamento de comissões pelas empreiteiras que mantinham contratos com a Petrobras, tendo como beneficiários além deles próprios, os diretores Duque, Cerveró e Cosenza, bem como alguns agentes políticos. Tem conhecimento destes pagamentos e de quem eram seus beneficiários?", perguntou o delegado Agnaldo Mendonça Alves aos executivos interrogados no fim de semana.
Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Colares Filho, diretores da Queiroz Galvão, e Newton Prado Júnior e Carlos Eduardo Strauch Aubero, diretores da Engevix, negaram o pagamento de propina a qualquer pessoa ou a participação em cartel para fraudar licitações e combinar propostas à estatal. Eles responderam às perguntas da Polícia Federal de forma evasiva, confirmaram que mantinham contatos com Youssef, mas não explicaram repasses feitos pelas empresas às firmas do doleiro. Prado Júnior chegou a afirmar que os contratos com o doleiro foram firmados pelos sócios da Engevix: "Foi um contrato que foi orientado pelos sócios. O objeto do contrato é consultoria em nível estratégico e empresarial que foi prestada no nível dos sócios, ou seja, seria prestada diretamente aos sócios".
Interrogados nesta segunda-feira, José Adelmário Pinheiro Filho, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Alexandre Portela Barbosa e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretores da OAS, preferiram ficar em silêncio. Os executivos serão ouvidos até terça-feira, quando vencem os prazos de prisão de 17 presos.
O doleiro Alberto Youssef em depoimento (VEJA)
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef acusaram o atual diretor de Abastecimento da estatal, José Carlos Cosenza, de participação no esquema de cobrança de propinas a fornecedores da petrolífera. As acusações serviram de base às perguntas feitas durante os interrogatórios dos diretores presos das empreiteiras suspeitas de participar do petrolão, como ficou conhecido o esquema de desvio de recursos dos cofres da estatal para o bolso de políticos e partidos. Os depoimentos vieram a público nesta segunda-feira.
"Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef mencionaram a existência de pagamento de comissões pelas empreiteiras que mantinham contratos com a Petrobras, tendo como beneficiários além deles próprios, os diretores Duque, Cerveró e Cosenza, bem como alguns agentes políticos. Tem conhecimento destes pagamentos e de quem eram seus beneficiários?", perguntou o delegado Agnaldo Mendonça Alves aos executivos interrogados no fim de semana.
Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Colares Filho, diretores da Queiroz Galvão, e Newton Prado Júnior e Carlos Eduardo Strauch Aubero, diretores da Engevix, negaram o pagamento de propina a qualquer pessoa ou a participação em cartel para fraudar licitações e combinar propostas à estatal. Eles responderam às perguntas da Polícia Federal de forma evasiva, confirmaram que mantinham contatos com Youssef, mas não explicaram repasses feitos pelas empresas às firmas do doleiro. Prado Júnior chegou a afirmar que os contratos com o doleiro foram firmados pelos sócios da Engevix: "Foi um contrato que foi orientado pelos sócios. O objeto do contrato é consultoria em nível estratégico e empresarial que foi prestada no nível dos sócios, ou seja, seria prestada diretamente aos sócios".
Interrogados nesta segunda-feira, José Adelmário Pinheiro Filho, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Alexandre Portela Barbosa e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretores da OAS, preferiram ficar em silêncio. Os executivos serão ouvidos até terça-feira, quando vencem os prazos de prisão de 17 presos.
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