Só agora, após as eleições, confrontada com a gravidade dos fatos, a presidente Dilma Rousseff reconhece publicamente a existência de corrupção na Petrobras.
E surpreende o País ao reagir ao noticiário como se fosse apenas uma espectadora, uma cidadã indignada, como se o seu governo não tivesse nenhuma responsabilidade com o que ocorreu na empresa nos últimos anos. Como se não tivesse sido ela a presidente do Conselho de Administração da Petrobras, responsável pela aprovação de inúmeros negócios, hoje sob investigação.
Durante a campanha eleitoral, a candidata Dilma tentou virar as costas para a realidade das denúncias. Agora, é a presidente Dilma que tenta se afastar da mesma realidade ao agir como se a Petrobras não fizesse parte do seu governo.
Agindo assim, a presidente zomba da inteligência dos brasileiros, além de desrespeitar a Polícia Federal, ao tentar convencer o País de que as investigações só ocorrem graças à decisão ou permissão do governo. Esquece, mais uma vez, que a Polícia Federal é uma instituição do Estado brasileiro e não do governo, serve ao País e não aos interesses do governo.
Durante a campanha eleitoral, convidei a candidata Dilma Rousseff a pedir desculpas ao Brasil pelo que acontecia na empresa, o que ela se negou a fazer.
Agora que reconhece, ainda que tardiamente, a existência de corrupção, faço novamente o mesmo convite: Presidente, a senhora não acha que está na hora de pedir desculpas ao País pelo que o seu governo permitiu que ocorresse com a Petrobras? - Aécio Neves
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