Futebol
Felipão valorizou a disputa de terceiro lugar, no sábado, em Brasília, e prometeu reerguer seus atletas a tempo de encerrar sua campanha com alguma dignidade
Giancarlo Lepiani, de Belo Horizonte
"Agora é trabalhar em cima do que ocorreu para estarmos recuperados para sábado. Precisamos fazer nosso time assimilar essa derrota. Vamos continuar tentando honrar a nossa camisa”, disse o técnico
“A vida não acaba com essa derrota”, disse Luiz Felipe Scolari menos de uma hora depois da goleada mais acachapante já sofrida pela seleção brasileira de futebol. E o técnico não falava sobre a reconstrução da equipe depois da trágica semifinal contra a Alemanha, na terça-feira, no Mineirão: Felipão já saiu da semifinal pensando em como reerguer a equipe a tempo de deixar uma impressão menos desastrosa em sua despedida da Copa do Mundo. A disputa de terceiro lugar, na tarde de sábado, em Brasília, é vista pelo treinador como uma forma de amenizar o fiasco e fechar a campanha de forma honrosa. O Brasil espera a semi de quarta, no Itaquerão, entre Argentina e Holanda, para descobrir quem será seu adversário. “Não dá pra esquecer que tem jogo já no sábado”, avisou ele. “Tem mais uma partida para a gente jogar, e ela vale a terceira colocação.” O Brasil já foi medalha de bronze em dois Mundiais (1938, na França, e 1978, na Argentina). Há quarenta anos, na Copa da Alemanha-1974, a equipe caiu na semi e perdeu a decisão de terceiro lugar para a Polônia, por 1 a 0, gol de Lato.
Felipão reconheceu que seu principal desafio não será estudar seu adversário e encontrar uma formação ideal para vencer, mas sim achar uma forma de fazer sua equipe erguer a cabeça para se despedir de forma digna. “O clima no vestiário é horrível, mas não tem o que fazer agora”, reconheceu o técnico. “Vamos começar a tentar mudar o ambiente quando voltarmos à nossa concentração. Agora é trabalhar em cima do que ocorreu para estarmos recuperados para sábado. Precisamos fazer nosso time assimilar essa derrota. Peço desculpas porque não conseguimos chegar à final, mas vamos continuar tentando honrar a nossa camisa na decisão do bronze.” Enquanto Felipão defendia a importância da partida em Brasília, alguns de seus jogadores mostravam desânimo com a perspectiva de entrar em campo no sábado. “Precisamos honrar a camisa, mas sabemos que para o Brasil, uma seleção vitoriosa, sempre muito cobrada, um terceiro lugar é como se fosse nada”, disse Marcelo. O atacante Hulk e o zagueiro Dante também disseram que será difícil encontrar forças para retornar ao gramado no fim de semana. O jogador do Bayern de Munique, no entanto, também falou em “honrar a camisa” na decisão do bronze.
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