Mensalão
Condenado no mensalão a mais de doze anos de prisão, mensaleiro Henrique Pizzolato fugiu para a Itália para tentar escapar da cadeia, onde foi capturado em fevereiro
Reprodução da foto do mensaleiro Henrique Pizzolato feita pela polícia italiana após sua prisão (Jamil Chade/AE)
A Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, marcou para o dia 5 de junho o julgamento do pedido do governo brasileiro de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato no julgamento do mensalão. A data foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo a Agência Brasil.
Pizzolato estava foragido desde novembro de 2013 e foi preso em fevereiro, na cidade de Maranello, na Itália.
Pizzolato estava foragido desde novembro de 2013 e foi preso em fevereiro, na cidade de Maranello, na Itália.
Por determinação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os procuradores regionais da República Vladimir Aras e Eduardo Pelella irão à Itália acompanhar o julgamento e se reunirão com autoridades italianas. Para defender a extradição no tribunal, a Advocacia-Geral da União (AGU) contratou um escritório de advocacia na Itália.
O pedido de extradição de Pizzolato foi elaborado pela PGR e entregue ao governo italiano pelo Ministério das Relações Exteriores em fevereiro. No entendimento da Procuradoria, mesmo tendo cidadania italiana, Pizzolato pode ser extraditado para o Brasil. “O tratado de extradição firmado em 1989 entre Brasil e Itália não veda totalmente a extradição de italianos para o Brasil, uma vez que cria apenas uma hipótese de recusa facultativa da entrega. O Código Penal, o Código de Processo Penal e a Constituição italiana admitem a extradição de nacionais, desde que expressamente prevista nas convenções internacionais”, diz a PGR.
No mês passado, o Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável à extradição de Pizzolato. O órgão também pediu que o governo brasileiro esclarecesse se os presídios do país têm condições de receber o mensaleiro, caso ele seja extraditado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário