Mensalão
Tribunal de Bolonha entendeu que há risco de nova fuga do mensaleiro, que estava foragido do Brasil para não cumprir pena de 12 anos de prisão
Reprodução da foto do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, feita pela polícia italiana após sua prisão em Modena, na Itália - Jamil Chade/AE
Passaporte falso usado por Pizzolato durante o tempo que ficou foragido. No documento é possível ver o nome do irmão de Pizzolato, Celso, e a foto adulterada - Interpol/Divulgação
Pedido de Pizzolato para permanecer na Espanha - Reprodução
Henrique Pizzolato é flagrado pela câmera de segurança do aeroporto de Ezeiza, em Bueno Aires, Argentina, quando fugia do Brasil - Andre Dusek/Estadão Conteúdo
Túmulo de Celso Pizzolato em Concórdia, Santa Catarina - Divulgação/Polícia Federal
Túmulo de Celso Pizzolato em Concórdia, Santa Catarina - Divulgação/Polícia Federal
O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato constava como foragido na lista de procurados da Interpol - Reprodução Interpol
Depoimento do ex-presidente do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, durante a CPMI dos Correios, em 2005 - Caio Guatelli/ Folhapress
Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, presta depoimento na CPMI dos Correios - Rodrigo Paiva/AE
A Justiça italiana negou nesta sexta-feira o pedido de liberdade provisória do mensaleiro Henrique Pizzolato até o desfecho do seu processo de extradição para o Brasil. Condenado a doze anos e sete meses no julgamento do mensalão, ele estava foragido do Brasil até ser capturado na cidade de Maranello, no norte do país, na última quarta-feira.
Os juízes italianos do Tribunal de Bolonha entenderam que há "risco de fuga" de ex-diretor do Banco do Brasil tentar fugir novamente. Ele ficará preso na cidade de Modena. As informações são da Agência Estado.
Pizzolato fugiu do Brasil em setembro do ano passado usando documentos forjados em nome do irmão, Celso, morto em 1978 em um acidente de carro. A farsa começou a ser tramada em 2007, ano em que ele se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF). As falsificações deverão acarretar novos processos seja no Brasil ou na Itália.
A fuga de Pizzolato começou no dia 11 de setembro de 2013, na pequena cidade de Dionísio Cerqueira, no oeste catarinense, onde cruzou a fronteira para Bernardo de Irigoyen, na província de Misiones, na Argentina. De lá, percorreu 1.314 quilômetros até Buenos Aires. Na capital argentina, embarcou em um voo da Aerolíneas Argentinas, no dia 12 de setembro, com destino a Barcelona, na Espanha, onde sua mulher, Andréia Haas, já estava há meses. A entrada em solo italiano foi registrada no dia 14 de setembro.
A movimentação de sua mulher que estava na Espanha, também foi decisiva para localizar o paradeiro do mensaleiro na Europa. De acordo com policiais federais que atuaram na operação de captura do fugitivo, Andréa tinha um Fiat Punto vermelho (placa 7597 GNF) em seu nome, registrado na cidade espanhola de Málaga. O fato de a arquiteta não ter adulterado sua identidade permitiu que seus deslocamentos fossem rastreados.
A movimentação de sua mulher que estava na Espanha, também foi decisiva para localizar o paradeiro do mensaleiro na Europa. De acordo com policiais federais que atuaram na operação de captura do fugitivo, Andréa tinha um Fiat Punto vermelho (placa 7597 GNF) em seu nome, registrado na cidade espanhola de Málaga. O fato de a arquiteta não ter adulterado sua identidade permitiu que seus deslocamentos fossem rastreados.
A polícia italiana, por exemplo, informou as autoridades brasileiras que o carro estava estacionado em frente a uma casa na cidade de Maranello, no norte da Itália, indicando a presença da mulher de Pizzolato na região. Em seguida, a polícia acabou descobrindo que o imóvel era o esconderijo do mensaleiro. Também foi Andréa quem comprou a passagem aérea da Aerolíneas Argentinas para o marido embarcar de Buenos Aires para Barcelona. E foi no embarque no aeroporto de Ezeiza que o ex-diretor do Banco do Brasil cometeu seu pior erro, segundo a polícia: embora tivesse o passaporte em nome de Celso Pizzolato, ele tirou foto e deixou as impressões digitais registradas na imigração – no dia 12 de setembro de 2013, às 19h08. Acabou capturado na quarta-feira.
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