Um recorte sobre gastos com pessoal nas dez principais capitais do País, cujos dados estão disponíveis no sistema...
Um recorte sobre gastos com pessoal nas dez principais capitais do País, cujos dados estão disponíveis no sistema do Tesouro Nacional, mostra uma situação menos comprometida das contas com essas despesas permanentes. Na média, esse "G-10", que também vive às voltas com pressões para ampliar investimentos em mobilidade urbana e para oferecer serviços públicos de melhor qualidade, já atingiu 78,5% do limite prudencial permitido pela lei fiscal, que impede que os gastos nessa área ultrapassem os 51,3% das receitas.
Porto Alegre vive a situação mais dramática desse grupo. A cidade tem hoje 47,64% das receitas engessadas com a folha de pagamento. Em 2012, os servidores do Executivo portoalegrense custaram R$ 1,8 bilhão aos cofres públicos. A capital gaúcha chegou, assim, aos 93% do limite permitido em lei.
O secretário da Fazenda da capital gaúcha, Roberto Bertoncini, explica que a despesa com pessoal tem aumentado em função do crescimento vegetativo da folha. "Tem adicional, gratificações, quinquênios, aposentadorias e reposição de pessoal", explica.
A média das despesas de pessoal em relação às receitas, nesse "G-10", está em 40,25%, segundo os relatórios de gestão fiscal. "A receita não cresce porque a economia está andando de lado. Nós, que dependemos da arrecadação própria, ainda temos espaço. Mas quem depende só de FPM está complicado", avalia Bertoncini.
A prefeitura gaúcha diz que prepara medidas de contenção de gastos e espera um salto nas receitas com a adoção da nota fiscal eletrônica e do recadastramento de 100 mil imóveis./ M. Z.
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