quarta-feira 28 2013

Falta 'traquejo' e 'humildade' ao governo Dilma, diz Campos

Política

No Programa do Ratinho, governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência disse temer a volta da inflação e pediu mais diálogo à presidente

Felipe Frazão
O governador de Pernambuco Eduardo Campos participa do Programa do Ratinho no SBT nesta terça-feira (27/08/2013)
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, participa do Programa do Ratinho, no SBT (Gabriela Biló/Futurapress)
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível candidato à Presidência nas eleições do ano que vem, disse nesta terça-feira que falta humildade e traquejo político ao governo da presidente Dilma Rousseff. Campos também afirmou que todos os candidatos têm chance de vitória nas eleições de 2014.
“Eu tenho muito respeito por Dilma, uma pessoa honrada, mas acho que às vezes a falta de traquejo político, de diálogo, é percebida pelos prefeitos e governadores. Acho que o governo precisa dialogar mais, ter humildade. Governar é um gesto de humildade. É construir consenso”, disse Campos, que gravou nesta terça-feira participação no Programa do Ratinho, do SBT.
Na entrevista, o governador também atacou a política econômica do governo Dilma. “Eu tenho medo da volta da inflação. Temos de ter cuidado. A inflação é um germe perigoso”, disse. Ele defendeu, no entanto, os programas federais Minha Casa, Minha Vida e Mais Médicos. “Tem que chamar médico de onde vier”, disse.
Corrida - Campos disse ser difícil apontar alguém sem chances de vencer atualmente. “Eu acho que todos podem estar dentro. A eleição não está definida. O quadro econômico e o quadro dos partidos ainda não estão definidos. Tem muita gente falando em trocar de partido. Esse movimento [de manifestações nas ruas] vai ter influência sobre 2014. A eleição está completamente em aberto, está zerada.”
O governador evitou, no entanto, assumir a pré-candidatura e voltou a dizer que o lançamento de candidato próprio do PSB "será decidido no ano que vem". Para ele no entanto, é "natural" que militantes divulguem seu nome, porque o calendário eleitoral começa agora em setembro.


"O partido sabe qual é o tamanho da minha disposição. A confiança da base partidária eu sei que tenho, agora mais que disposição eu tenho responsabilidade. Sei a situação que o país vive e que a gente precisa ter muita responsabilidade com o futuro do país. Tudo o que construímos nos últimos 30 anos, democracia, estabilidade e um olhar sobre a desigualdade, não pode ser colocado em risco por ambição de quem quer que seja."

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