Política
Na eleição de hoje na Assembleia de SP, deputado Samuel Moreira (PSDB) deve ter maioria de votos; Ênio Tatto (PT) ficará com a primeira secretaria
O atual líder do governo, o deputado Samuel Moreira (PSDB) deve assumir presidência da Casa (Divulgação/Alesp)
A eleição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta sexta-feira, às 15 horas, deve consagrar um raro acordo entre PT e PSDB que, ao final da legislatura, completará dezenove anos. Desde 1995, tucanos e petistas participam da mesma chapa na eleição da Mesa. A única exceção foi em 2005, quando a base do governo rachou e apresentou duas candidaturas – o PT apoiou o candidato do DEM e ajudou a derrotar o PSDB.
O atual líder do governo, deputado Samuel Moreira (PSDB), deve ser eleito presidente com enorme maioria de votos. Seu único opositor é Carlos Giannazi (PSOL), líder dele mesmo e provavelmente candidato de um voto só - o seu. Ênio Tatto (PT) ficará com a primeira secretaria, que cuida dos departamentos de Finanças e Recursos Humanos, e Edmir Chedid (DEM) será o segundo-secretário, responsável, entre outras coisas, pelas obras e pela frota de veículos da Assembleia.
A composição rompe uma tradição do parlamento de ocupação da segunda secretaria pelo partido com a terceira maior bancada – atualmente o PV, com sete deputados. PT e PSDB, no entanto, decidiram mantê-la com o DEM, que tem seis. Para contemplar os verdes, os tucanos abriram mão da primeira vice-presidência, que será ocupada por Chico Sardelli (PV). O cargo ganhou importância porque uma eventual renúncia do vice-governador Guilherme Afif Domingos (PSD) para assumir um ministério no governo federal coloca Samuel Moreira como o segundo na sucessão estadual.
(Com Estadão Conteúdo)
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