Quando a gente acha que chegou num determinado limite, certos políticos conseguem ultrapassá-lo — sempre no pior sentido.
Vejam, no texto abaixo, a quantidade de barbaridades encerradas em poucas linhas — e envolvendo o ilustríssimo sr. deputado federal Renan Filho (PMDB-AL), tão parecido com o pai fisicamente quanto, agora se vê, em matéria de comportamento como homem público, e o excelentíssimo sr. senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado e, consequentemente, do Poder Legislativo brasileiro, o Congresso Nacional.
Meus comentários ao texto vão entre colchetes. Vejam só:
O deputado federal Renan Filho (PMDB-AL) tem usado recursos da verba indenizatória – ou seja, dinheiro público – para pagar a advogados que atuam para ele próprio e o pai, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), recém-eleito para presidir o Senado – em causas privadas. [Esta é a maracutaia número 1.]
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, escritórios alagoanos que representam a dupla em demandas particulares, nas justiças comum e Trabalhista, já receberam ao menos 190.000 reais do gabinete do parlamentar, na Câmara desde fevereiro de 2011.
Em janeiro, o site de VEJA revelou que Renan Calheiros usa sua verba de gabinete para alugar a sede do PMDB em Alagoas. [Maracutaia número 2. Enquanto vários partidos pagam com seus próprios recursos, Renan lança mão dessa artimanha para que o dinheiro dos nossos impostos resolva o problema da sede do PMDB de Alagoas. É o fim da picada!]
O aluguel é pago ao seu próprio suplente [maracutaia número 3; vejam mais um dos absurdos que envolvem os suplentes de senadores] - que omitiu ser dono do imóvel à Justiça Eleitoral.[maracutaia número 4.]
As verbas indenizatórias são recursos distribuídos aos deputados para custear a atividade parlamentar, como passagens aéreas, telefone, correio e aluguel de escritórios políticos. Os valores variam de 23.000 reais para deputados do DF até 34.200 reais para os de Roraima.
Com sede em Maceió, o escritório Omena Barreto Advogados Associados é contemplado, mensalmente, com 10.000 reais da cota do deputado. Nos registros da Receita Federal, a empresa foi fundada em maio de 2011, mesmo mês em que se iniciaram os repasses do gabinete. [Que coincidência, não? Dá para dizer, sem susto: maracutaia número 5.]
De lá para cá, o valor já pago pela Câmara aos advogados soma 170.000 reais.
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