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Pesquisa americana mostrou melhora de 25% no resultado de testes cognitivos após oito semanas de uso da rede social
Facebook pode melhorar capacidade cognitiva de idosos, além de promover interações sociais (Thinkstock)
Resultados preliminares de uma pesquisa realizada na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, mostram que fazer parte do Facebook pode melhorar em 25% a capacidade cognitiva de pessoas acima de 65 anos. Apresentada no Encontro Anual Internalcional da Sociedade de Neuropsicologia, no Havaí, a pesquisa teve como base a hipótese de que tanto o aprendizado de coisas novas quanto as relações sociais podem ajudar a manter a função cognitiva dos idosos.
Estudo — Participaram da pesquisa 42 pessoas, de 68 a 91 anos, que não utilizavam o Facebook. Elas foram divididas em três grupos de 14 integrantes cada. O primeiro grupo recebeu um treinamento para usar o Facebook. Eles se tornaram amigos na rede social apenas das pessoas que participaram do mesmo treinamento e foram instruídos a fazer, no mínimo, uma publicação por dia.
O segundo grupo foi ensinado a usar um diário online (www.penzu.com), no qual as publicações são privadas e não há interação social. Eles também deveriam fazer pelo menos uma publicação por dia, com no máximo cinco frases, para simular o tipo de mensagem mais curta que é geralmente feita no Facebook. Para o último grupo, foi dito que eles estavam na lista de espera para o treinamento, de modo que não participaram de nenhuma atividade.
Antes de participar de qualquer um dos treinamentos, os voluntários responderam a questionários e testes neuropsicológicos que avaliaram variáveis sociais, como nível de solidão e apoio social, bem como habilidades cognitivas. Os testes foram repetidos ao fim do estudo, oito semanas depois. Enquanto o grupo que usou o Facebook apresentou uma melhora de 25% no resultados dos testes, nenhuma alteração foi encontrada nos outros dois grupos.
Complexidade — De acordo com Janelle Wohltmann, pesquisadora responsável pelo estudo, mais análises serão necessárias para determinar se o aspecto social do Facebook influenciou a melhora do desempenho cognitivo. Ela acredita que a complexidade do site, em comparação com o diário online, pode ter contribuído. “No Facebook, informações novas são publicadas o tempo todo. Você vê essa informação nova chegar, e precisa focar nela para se livrar da informação anterior, ou mantê-la em mente se quiser voltar e checar alguma coisa depois. Então você tem que atualizar constantemente o que está sob sua atenção”, diz.
A autora afirma que a rede social pode ser uma alternativa para os jogos online que costumam ser indicados para aumentar a capacidade cognitiva de idosos, além de ser uma oportunidade para eles ficarem mais próximos de seus familiares. Ela alerta, no entanto, que é importante ter uma pessoa que os ensine não só a usar a ferramenta, mas outras informações importantes, como as de segurança do perfil.
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