Espaço
Chamado de 2012 DA14, o asteroide ficará a uma distância de apenas 27.700 quilômetros do planeta, a menor já registrada. Ele não será visível no Brasil
O asteroide 2012 DA14 é o pequeno ponto ao centro, indicado pelas marcas em vermelho. As manchas brancas são imagens de estrelas, borradas porque o telescópio acompanhava a movimentação do asteroide. (D. Herald)
Um asteroide de 130.000 toneladas passará nesta sexta-feira a 27.700 quilômetros da Terra, o mais próximo que um objeto cósmico perigoso esteve de nosso planeta, segundo a agência espacial americana NASA. A passagem vai ocorrer quando o dia ainda estiver claro no Brasil, mas em outras partes do mundo, como a Europa e a Ásia, será possível avistá-lo como um pequeno ponto de luz que viaja do norte ao sul.
A rocha espacial, do tamanho de meio campo de futebol, denominada 2012 DA14, foi detectada por astrônomos na Espanha há um ano, quando se encontrava a 4,3 milhões de quilômetros da Terra. Ela se aproxima a uma velocidade de 28.100 quilômetros por hora.
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QUAL A DIFERENÇA ENTRE ASTEROIDE, METEORITO E METEORO?
Asteroides são corpos celestes menores que planetas que vagam pelo Sistema Solar desde sua formação, há 4,6 bilhões de anos. Meteoritos são pedaços de asteroides que eventualmente atingem a superfície da Terra. Meteoros são os rastros luminosos produzidos por pedaços de asteroides em contato com a atmosfera da Terra, resultado do atrito com o ar, e são popularmente reconhecidos como estrelas cadentes.
Asteroides são corpos celestes menores que planetas que vagam pelo Sistema Solar desde sua formação, há 4,6 bilhões de anos. Meteoritos são pedaços de asteroides que eventualmente atingem a superfície da Terra. Meteoros são os rastros luminosos produzidos por pedaços de asteroides em contato com a atmosfera da Terra, resultado do atrito com o ar, e são popularmente reconhecidos como estrelas cadentes.
A primeira detecção do 2012 DA14 aconteceu em 23 de fevereiro de 2012 por astrônomos filiados ao observatório de Sagra, na cidade espanhola de Mallorca, e desde então várias agências espaciais do mundo passaram a acompanhá-lo e fizeram projeções de sua possível trajetória. Nesta sexta-feira, às 17h24 de Brasília, o asteroide de 45 metros de largura passará sobre a ilha de Sumatra (na Indonésia) e ficará cerca de 8.050 quilômetros abaixo dos quase 400 satélites artificiais em órbita. A NASA sustenta que não há probabilidade do asteroide cair na Terra e os astrônomos projetaram o itinerário do 2012 DA14 com tanta precisão que têm certeza de que ele não se aproximará a menos de 27.520 quilômetros.
Ameaça constante – A Terra recebe constantemente uma chuva de asteroides que, em sua maioria, são de tamanho pequeno e são destruídos ao entrar na atmosfera. A agência espacial americana lembrou que em 1908 um asteroide, com provavelmente 40 metros de largura, caiu sobre a Sibéria e incinerou as florestas em uma área de 2.140 quilômetros quadrados. O caso é conhecido como o 'incidente Tunguska'.
Se o 2012 DA14 estivesse em curso de colisão com a Terra, explodiria na atmosfera com uma potência de 2,5 megatons, equivalente a 157 vezes a energia liberada pela primeira bomba atômica detonada sobre Hiroshima (Japão) em 1945. A explosão destruiria uma ampla área, mas não seria uma ameaça para a vida no resto do planeta.
Em sua próxima passagem, o 2012 DA14 não voltará a se aproximar da Terra. Mas a aproximação desta sexta-feira vem cheia de promessas para os astrônomos, que estão ansiosos para estudar a composição dos asteroides. Os cientistas da NASA usarão o Radar Goldstone de Sistemas Solares, instalado no Deserto de Mojave (Califórnia), para continuar a observação do asteroide após sua aproximação.
Os analisas calculam que uma passagem tão próxima – o 2012DA14 estará muito mais perto da Terra que a Lua – de um objeto de tal tamanho ocorre aproximadamente a cada quatro décadas e o impacto na Terra uma vez a cada 1.200 anos.
(Com Agência EFE)
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