O projeto de reurbanização de uma área de 60 milhões de metros quadrados ao longo das margens do Rio Tietê, parte...
O projeto de reurbanização de uma área de 60 milhões de metros quadrados ao longo das margens do Rio Tietê, parte do chamado Arco do Futuro, deve ser montado pela Prefeitura juntando ideias apresentadas ao longo dos próximos dois meses por arquitetos, empresas de planejamento urbano e empreiteiras.
Por meio de obras viárias e de drenagem, da criação de corredores de ônibus e construção de até 30 mil unidades de habitação populares, o projeto vai tentar equilibrar as ofertas de trabalho e moradia na região, equivalente a 37 parques do Ibirapuera. Isso poderia contribuir para diminuir os deslocamentos na cidade.
O modelo foi apresentado ontem, na primeira reunião pública sobre o projeto. Interessados em participar do Arco Tietê têm até 7 de março para se inscrever na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano - o prazo ainda pode ser alterado. A partir dessa data, as empresas terão 60 dias para apresentar ideias e conceitos gerais.
Técnicos da secretaria vão selecionar as melhores propostas e reuni-las em uma audiência pública na primeira semana de junho. A partir daí, as empresas terão seis meses para detalhar as ideias selecionadas. O tema voltará a ser debatido com a sociedade em setembro e dezembro.
No fim do ano, a Prefeitura poderá lançar licitações separadas para algumas das obras planejadas, uma parceria público-privada ou utilizar a concessão urbanística - o Ministério Público questiona a validade do instrumento em duas ações.
Os escritórios de arquitetura serão pagos proporcionalmente ao aproveitamento das ideias, o que já rendeu críticas de urbanistas ao fim do encontro de ontem. "A Prefeitura reduz o leque de participação nas propostas às empresas que têm capacidade financeira de executar um projeto por meses e correr o risco de não receber nada no fim do processo", disse o arquiteto Lourenço Gimenes.
O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, afirmou que o processo segue o que está previsto em lei. O chamamento público para o Arco Tietê foi feito depois que Odebrecht e OAS sugeriram um estudo semelhante à Prefeitura no ano passado.
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