terça-feira 01 2013

5.565 prefeitos tomam posse hoje em todo Brasil


Prefeituras

Perfil mostra que o eleitorado brasileiro continua apostando majoritariamente em governantes do sexo masculino com menos de 60 anos. Entre os partidos, PMDB terá o maior número de prefeituras, mas PSB foi o que mais cresceu

O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), em cerimônia de diplomação, na Sala São Paulo
O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), em cerimônia de diplomação, na Sala São Paulo (Nelson Antoine/Fotoarena)
Tomam posse nesta terça-feira os 5.565 novos prefeitos eleitos em todo o país no ano passado. Uma divisão por perfil dos novos mandatários mostra que o eleitor brasileiro continua apostando em governantes do sexo masculino e com menos de 60 anos.
Em 88% dos municípios, os novos prefeitos que assumem hoje são homens. Mulheres foram eleitas para o cargo em apenas 654 cidades. E apenas uma das 26 capitais será governada por uma mulher nos próximos anos: Teresa Surita, do PMDB, toma posse em Boa Vista (RR).
Entre os novos prefeitos do sexo masculino, 50,7% (2.786) estão na faixa etária entre 45 e 59 anos, segundo dados o Tribunal Superior Eleitoral. Após este grupo vem o de prefeitos com idades entre 35 e 44 anos, com 26,5% (1.458), seguido pelo de prefeitos entre 25 e 34 anos, com 9,5% (527).
Quatro dos prefeitos eleitos têm apenas 21 anos. O mais jovem deles é Pacheco Neto (PSD), de Chaval (CE), que superou os outros três por alguns meses de diferença. E apenas quatro foram eleitos com mais de 80 anos. O prefeito mais velho do Brasil será Sebastião Biazzo, que aos 89 anos assumirá o comando da cidade de Aguaí (SP), no interior de São Paulo.
Partidos - A posse de novos prefeitos nesta terça-feira consolida o PSB como nova força política nacional. Com maior crescimento em número de prefeituras conquistadas em 2012 (132 prefeituras a mais, contra 91 do PT), o partido do governador pernambucano Eduardo Campos também foi o que mais conquistou capitais. Foram cinco, no total: Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Fortaleza (CE), Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO).
Na divisão de capitais, quem mais saiu perdendo foi o PMDB. O partido havia conquistado seis em 2008 e a partir de hoje terá apenas duas (Rio de Janeiro e Boa Vista). O PT, embora tenha conquistado São Paulo, a maior cidade do país, também perdeu duas capitais. Passará a governar apenas quatro a partir de agora (São Paulo, Goiânia, João Pessoa e Rio Branco). O PSDB manteve o mesmo número, com quatro prefeituras (Belém, Maceió, Manaus e Teresina). O PTB, vencedor em três capitais em 2008, não terá nenhuma. O PDT cresceu de uma para três (Curitiba, Natal e Porto Alegre), e o DEM continuará com duas (Salvador e Aracaju). PSol, PPS, PSD, PTC e PP terão uma capital cada (respectivamente Amapá, Vitória, Florianópolis, São Luís e Palmas).
Quadro nacional - Apesar da ascensão do partido de Eduardo Campos e da queda nas capitais, o PMDB continuará sendo o partido com maior número de prefeitos a partir de hoje, com 1.026 administrações municipais pelo Brasil. O segundo partido nesse ranking é o PSDB, com 702 prefeituras conquistadas. Ambos, porém, perderam cadeiras. O partido do vice-presidente Michel Temer havia conquistado 168 prefeituras a mais em 2008, e os tucanos, 79.
Entre as novas forças, o PSD fez um bom resultado. A sigla fundada pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab conseguiu 496 cadeiras, entre elas Florianópolis (SC), onde elegeu César Souza Júnior.

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