Arquitetura
Britânico, conhecido por algumas das obras mais icônicas de Londres, elogiou o trabalho do brasileiro e disse que ele lhe serviu de inspiração
Apelidado de 'disco-voador de Niterói', o Museu de Arte Contemporânea foi inaugurado em 1996 - Fabio Motta/AE
O arquiteto britânico Norman Foster, que recebeu o prêmio Pritzker em 1999, declarou nesta quinta-feira que recebeu com muita tristeza a notícia da morte de Oscar Niemeyer. Disse ainda que o brasileiro foi uma grande inspiração para ele e para uma geração de arquitetos.
"Pouca gente pôde estar com seus heróis", afirmou Foster, que se encontrou com Niemeyer no ano passado no Rio de Janeiro. "Para os arquitetos do Movimento Moderno (da Arquitetura), ele questionou o aceito e investiu na norma de que a forma segue à função", acrescentou. "Niemeyer também demonstrou que quando a forma cria beleza, esta chega a ser funcional e, portanto, fundamental para a arquitetura."
Foster lembrou ainda da visita do astronauta Yuri Gagarin à Brasília, em 1963. "Ele gostou da experiência de ter aterrissado em um planeta diferente", disse Foster. "Ao ver a cidade de Niemeyer, Brasília, pela primeira vez, muita gente sentiu o mesmo. Brasília é audaz, escultural, cheia de cor e livre; não se parece com nada feito anteriormente. Brasília não foi simplesmente desenhada: foi coreografada. Cada uma das peças que estão composta fluem, como um dançarino que permanece congelado em um momento de absoluto equilíbrio."
O arquiteto britânico afirmou ainda que houveram poucos arquitetos como Niemeyer. "Nos últimos anos, poucos foram capazes de reunir um vocabulário vibrante e estruturá-lo com um sentido comunicativo brilhante e uma linguagem sedutora-tectônica", disse.
Norman Foster, 77 anos, é conhecido por obras icônicas como o estádio de Wembley, o edifício "Gherkin", e a Millenium Bridge, todos em Londres, além da Hearst Tower, em Nova York, entre outros.
(Com agência EFE)
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