quarta-feira 26 2012

Telescópio mostra detalhes da Nebulosa da Gaivota


Astronomia

Imagens obtidas pela ESO mostram nuvem de gás a 3.700 anos-luz da Terra

gaivota
Telescópio pertencente ao ESO conseguiu capturar detalhes da Nebulosa da Gaivota. Na imagem, a região que formaria da cabeça da ave (ESO)
Uma nova imagem obtida pelo Observatório de La Silla, instalado no Chile, mostra detalhes da Nebulosa da Gaivota. Desta vez, os astrônomos conseguiram fotografar uma região conhecida como Sharpless 2-292, que corresponde à cabeça da ave (veja imagem acima). Ao centro – o olho da gaivota, para os astrônomos -  brilha uma estrela jovem muito quente conhecida como HD 53367. A imagem foi captada pelo instrumento Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO, instalado no Chile e operado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO).
Nebulosas são nuvens de poeira e gases onde novas estrelas se formam. Essa nuvens intelestares costumam apresentar diferentes cores e formatos, o que dispara a imaginação dos astrônomos. No caso da Nebulosa da Gaivota, os cientistas enxergaram uma ave de asas abertas em meio à poeira e às estrelas em formação (veja imagem abaixo). Conhecida formalmente como IC 2177, essa nebulosa tem extensão de mais de 100 anos-luz e está localizada a cerca de 3.700 anos-luz da Terra, na fronteira entre as constelações do Unicórnio e do Cão Maior.
ESO/Digitized Sky Survey 2. Acknowledgement: Davide De Martin
Gaivota
A imagem completa da Nebulosa da Gaivota. Ela ganhou esse nome pela semelhança com a ave, que estaria de asas abertas na imagem.
Por dentro da gaivota - O complexo de gás e poeira que forma a cabeça da gaivota brilha intensamente por causa da radiação ultravioleta emitida pela estrela HD 53367 – de massa vinte vezes maior que a do Sol. Ela tem uma estrela companheira um pouco menor, de massa "apenas" cinco vezes maior que a do Sol, com uma órbita extremamente elíptica.
Segundo os pesquisadores, a radiação emitida pelas estrelas jovens faz com que o hidrogênio gasoso da nebulosa brilhe em um vermelho vivo. Já a radiação emitida por outras estrelas azuis-esbranquiçadas é dispersada pelas pequenas partículas de poeira presentes na nebulosa, criando um nevoeiro azul contrastante em algumas partes da imagem.

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