A arte de culpar alguém... Lula fala pela 1ª vez em 7 meses e critica países desenvolvidos
03 de maio de 2012 • 12h03 • atualizado às 12h27
03 de maio de 2012 • 12h03 • atualizado às 12h27
Aplaudido de pé por uma platéia que lotou o auditório, Lula criticou os governos de países desenvolvidos que sofrem para conter mais uma forte crise econômica
Foto: Edson Sousa/Futura Press
Foto: Edson Sousa/Futura Press
Ainda se recuperando de um câncer na laringe, o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva fez nesta quinta-feira seu primeiro discurso oficial após a doença. Ele participou de seminário do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre investimentos no continente africano e integrou a mesa de abertura do evento. Aplaudido de pé por uma platéia que lotou o auditório, ele criticou os governos de países desenvolvidos que sofrem para conter mais uma forte crise econômica.
A batalha de Lula contra o câncer
"As crises sempre são respondidas da mesma forma pelos países desenvolvidos: com medidas de austeridade para os trabalhadores e distribuição de benefícios para o sistema financeiro, que causou a crise", afirmou Lula. "Olho para trás e vejo que os governantes ainda não resolveram problemas da crise de 2008. Há medo de regular o sistema financeiro e eles continuam punindo as vítimas da crise", completou.
O ex-presidente chegou ao auditório do BNDES, no centro do Rio de Janeiro, usando uma bengala. Os assessores explicaram que é normal devido ao enfraquecimento causado pela doença. "Vou falar o mais devagar possível para ver se a garganta aguenta. Faz sete meses que não falo em público, espero não ter desaprendido", brincou Lula. No dia 14 de abril, em São Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente foi convidado por sua mulher, Marisa Letícia, a falar durante a inauguração de um Centro Educacional Unificado (CEU). No entanto, a tentativa durou apenas sete minutos e foi abortada depois que Lula sentiu desconforto na garganta.
Lula elogiou as medidas que vêm sendo tomadas pelos governos africanos para enfrentar a crise. "Os regimes da África estão propondo medidas para aumentar o investimento e o consumo interno. A hora é de ousadia", explicou o ex-presidente, que permanece até o início da tarde no seminário e depois almoça com autoridades africanas. "Distribuição de renda é a marca da África do século XXI. O continente consolida a passos largos a democracia, apesar de alguns problemas que podem existir", salientou.
O ex-presidente também mostrou otimismo em relação à economia brasileira. "Esta geração de empresários está vivendo uma época de oportunidades jamais vista. O Brasil está preparado para se tornar uma das maiores potências do mundo. E não estamos falando apenas de PIB (Produto Interno Bruto), mas de distribuição de renda. E possibilidades de fazer negócios com países de todo o mundo, não apenas com Estados Unidos e Europa, como era antigamente", disse.
Nesta sexta-feira, Lula recebe o título de doutor honoris causa de cinco universidades cariocas - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual do Rio (UERJ) e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O evento terá a presença da presidente Dilma Rousseff (PT).
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5752353-EI7896,00-Lula+fala+pela+vez+em+meses+e+critica+paises+desenvolvidos.html
A batalha de Lula contra o câncer
"As crises sempre são respondidas da mesma forma pelos países desenvolvidos: com medidas de austeridade para os trabalhadores e distribuição de benefícios para o sistema financeiro, que causou a crise", afirmou Lula. "Olho para trás e vejo que os governantes ainda não resolveram problemas da crise de 2008. Há medo de regular o sistema financeiro e eles continuam punindo as vítimas da crise", completou.
O ex-presidente chegou ao auditório do BNDES, no centro do Rio de Janeiro, usando uma bengala. Os assessores explicaram que é normal devido ao enfraquecimento causado pela doença. "Vou falar o mais devagar possível para ver se a garganta aguenta. Faz sete meses que não falo em público, espero não ter desaprendido", brincou Lula. No dia 14 de abril, em São Bernardo do Campo (SP), o ex-presidente foi convidado por sua mulher, Marisa Letícia, a falar durante a inauguração de um Centro Educacional Unificado (CEU). No entanto, a tentativa durou apenas sete minutos e foi abortada depois que Lula sentiu desconforto na garganta.
Lula elogiou as medidas que vêm sendo tomadas pelos governos africanos para enfrentar a crise. "Os regimes da África estão propondo medidas para aumentar o investimento e o consumo interno. A hora é de ousadia", explicou o ex-presidente, que permanece até o início da tarde no seminário e depois almoça com autoridades africanas. "Distribuição de renda é a marca da África do século XXI. O continente consolida a passos largos a democracia, apesar de alguns problemas que podem existir", salientou.
O ex-presidente também mostrou otimismo em relação à economia brasileira. "Esta geração de empresários está vivendo uma época de oportunidades jamais vista. O Brasil está preparado para se tornar uma das maiores potências do mundo. E não estamos falando apenas de PIB (Produto Interno Bruto), mas de distribuição de renda. E possibilidades de fazer negócios com países de todo o mundo, não apenas com Estados Unidos e Europa, como era antigamente", disse.
Nesta sexta-feira, Lula recebe o título de doutor honoris causa de cinco universidades cariocas - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual do Rio (UERJ) e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). O evento terá a presença da presidente Dilma Rousseff (PT).
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5752353-EI7896,00-Lula+fala+pela+vez+em+meses+e+critica+paises+desenvolvidos.html
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