Quem não possui preocupações, “nenhuminha”, que atire a primeira pedra. As contas, mesmo quando você está sem dinheiro no bolso, insistirão em chegar.
Seus amores, mesmo que você ainda tenha muito fôlego para amar, talvez digam “tchau”.
E a morte, sem mandar aviso prévio ou esperar você realizar o seu último desejo, poderá aparecer de surpresa.
E não adianta reclamar, pois a nossa alegria, muitas vezes, está sujeita a variáveis que, infelizmente, não podemos controlar.
Porém, ao conversar com algumas mulheres, percebi que muitas delas deixam de dormir, roem as unhas e sofrem, frequentemente, por coisas que podem ser controladas e eliminadas.
Aí vão elas:
1. VOCÊ CHEGOU AOS 30 SEM ALIANÇA NO DEDO
Sua melhor amiga já casou, teve dois filhos e, na semana passada, tornou-se diretora de uma multinacional. Você, dois anos mais velha do que ela, está solteira, só consegue se imaginar tendo um filho se, do nada, passar a crer em geração espontânea e, apesar de trabalhar com o que gosta, sente-se muito longe de sair na próxima edição da Revista Você S.A. Pode parecer o fim do mundo, mas, com certeza, não é. Em algum momento da história, fundiram – como se não houvesse chance de dissociação – a felicidade com itens opcionais como o casamento, os filhos e cargos que ocupam o topo hierárquico das empresas. Como se sem qualquer um desses elementos, nenhuma mulher conseguisse encontrar a felicidade – o que é uma imensa mentira. Antes de achar que tudo está perdido só por você ainda não ter casado, repense, com toda a racionalidade possível, nos sonhos que você tem e, se puder, descubra quais são realmente seus e quais são apenas expectativas de gente que ama cuidar da vida alheia.
2. A BUSCA PELA PERFEIÇÃO ESTÉTICA
As revistas vivem a divulgar fórmulas mágicas e atalhos milagrosos para que você, do dia para noite, alcance o corpo perfeito. Mas, antes de entrar na paranóia de começar alguma dieta nociva à saúde e de abrir mão de todos os prazeres gastronômicos da vida, sugiro que pense nas seguintes perguntas: o que é perfeição? Será mesmo que ela existe? Ou será que a perfeição é apenas um padrão que a mídia criou para vender pílulas mágicas e superalimentos? A perfeição, hoje em dia, é representada pela cara da Cara Delevingne, pela barriga chapada da Carolina Dieckmann e pela bunda XL da Shakira. Ou seja, o que era para ser relativo, virou modelo único, ou, no melhor dos casos, algo que aceita pouquíssimas variações. E você, sem perceber, tentando contrariar as suas limitações genéticas e colocando a estética à frente de coisas importantes como a sua saúde, cria o seu próprio sofrimento e alimenta as suas próprias frustrações. É claro que se olhar no espelho e se sentir bonita é importante. Mas, nunca se esqueça de que é possível se sentir assim – maravilhosa – sem se cobrar tanto. Saiba que é possível se sentir perfeita – já que cabe apenas a você escolher o que é perfeição -, mesmo portando gordurinhas na cintura e celulites na bunda. Está em suas mãos – e só em suas -, não se cobrar tanto e aprender a se contentar com aquilo que é. Outra coisa: além de se sentir bem com você, coisa que deve manter sempre como prioridade, saiba que o seu parceiro (a), geralmente, está longe de exigir tanto como você acha que ele exige de você. E, se ele for do tipo chato que mede a sua porcentagem de gordura sempre que você retorna do trabalho, pense bem se vale a pena continuar com ele. Esta dica não é um incentivo ao descuido estético, longe disso. É apenas um motivo para que você não coloque um sofrimento opcional em meio aos muitos sofrimentos dos quais não pode escapar.
3. ELE BROXOU!
Vejo muitas mulheres sofrendo e se sentindo extremamente culpadas pela broxada do parceiro. Isso é um dos exemplos bizarros do quanto a cultura machista consegue fazer a mulher se sentir culpada até mesmo quando a culpa é só do homem – grande maioria dos casos em que o pinto murcha. A imensa maioria das vezes em que o homem broxa, com certeza, não ocorre devido à falta de “tchan” na parceira e nem à coitada da bebida que, geralmente, acaba levando a culpa. A principal responsável pelas broxadas é, acredite se quiser, a ansiedade e o excesso de cobrança que o homem carrega na cabeça. Claro que em alguns casos a culpa pode ser sua, porém, quando isso acontecer, não precisa se sentir a maior das errantes do universo. Basta parar de gemer imitando o Silvio Santos e evitar fingir possessão demoníaca em pleno ato. Brincadeiras à parte, mesmo que a culpa seja sua, encare como um aprendizado e pare de achar que no sexo – diferente das outras áreas da vida – deslizes não podem ocorrer.
4. VOCÊ NÃO É COMO DIZEM QUE A MULHER DEVE SER
Você odeia cozinhar – não sabe fritar nem um ovo-, gosta de MMA e curte beijar vários homens na mesma noite. Porém, sempre que assume algum desses gostos publicamente, fica constrangida e se culpada – como se estivesse confessando algum crime. Eu entendo você. Em uma sociedade que adora olhar feio e falar mal, não é fácil agir diferente do esperam que aja. Porém, pior que os olhares feios de gente idiota, é não ser verdadeira com você e com aquilo que faz você feliz. Por isso, se puder, preocupe-se somente com o julgamento de gente que vale a pena e, para aqueles que querem tomar conta até dos seus gostos pessoais, não dê a mínima importância. Não existe padrão de mulher.
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