“A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família.”
Léon Tolstoi
Há dias pesquisava ideias para tornar o ambiente da minha casa mais feliz. Quero que esta seja única e especial, que reflicta a personalidade da minha família, a nossa história, que seja um espaço onde possamos conviver e, ao mesmo tempo, um refúgio para o dia-a-dia.
Eis as sugestões que encontrei e que partilho contigo:
1 - Cria um ambiente de acordo com a tua personalidade
Mais do que seguir tendências de moda (que aliás passam e dão lugar a outras), é importante escolher uma decoração que vá ao encontro da tua personalidade. No meu caso creio que tenho um estilo meio ecléctico. Adoro mobiliário com um toque rústico (mas não com ar demasiado antigo), meio romântico, decoração com elementos da natureza (gosto imenso dos troncos que aparecem a imagem, tenho pedrinhas da praia na minha casa de banho, etc.) e igualmente com elementos étnicos (peças decorativas de outras culturas). Este é o meu estilo muito próprio. Certamente que também terás o teu (se tiveres dificuldade em descobri-lo, procura sites ou blogues de decoração na Internet, observa as imagens que disponibilizam e escolhe aquilo com que mais te identificas.
2 - Mantém a casa limpa e organizada
Sabes aquele cheirinho a roupa lavada? Ou a sensação de calma de andar num espaço sem tropeçar em tralha a todo o momento? Estes ambientes podem induzir-nos uma sensação de relaxamento. Mas é óbvio que não devemos cair no extremo. Uma casa é para ser vivida e é normal que haja alguma desarrumação. Uma casa em que não podemos tocar em nada com receio de desarrumar, não é propriamente um lar, está mais para museu. Por isso limpa, organiza, mas sem entrar em excessos.
3 - Elimina a tralha lá de casa
A tralha é tudo o que está a mais, o que realmente não necessitas e nem te faz feliz. Estes objectos em excesso, acabam por te dar trabalho extra a limpar e arrumar (para não falar do tempo que gastas e que poderia ser mais bem empregue), tornam o ambiente opressivo e acabam por «esconder» os objectos que realmente têm um significado especial.
4 - Define um lugar para cada objecto
Esta é uma excelente forma de não te irritares, porque perdes tempo à procura de alguma coisa. Cá em casa utilizo muito este sistema e, em alguns casos o gesto de colocar o objecto no seu sítio está tão automatizado, que quase o coloco lá sem pensar (por ex. quando chego a casa, coloco de imediato a chave no chaveiro - na maioria das vezes nem reparo que o faço).
5 - Opta por objectos que evoquem as tuas lembranças felizes
Esta é uma forma da tua casa contar a tua história e, em simultâneo te trazer boas recordações. Podes incluir fotografias de família, souvenirs das viagens que fizeste, objectos que evocam a tua infância, uma peça restaurada dos teus avós, etc.
6 - Direcciona o teu dinheiro para o que te poderá proporcionar experiências positivas
Nos últimos anos, tenho investido em experiências positivas (essencialmente viagens), mas confesso que não tinha propriamente pensado em criar este tipo de experiências em casa. E faz sentido... Esta experiências podem ter que ver com receber pessoas queridas, mas também podes criar experiências positivas para ti mesmo(a). A sugestão é que invistas o teu dinheiro por exemplo numa mesa de refeições na varanda (para almoços com família/amigos ou simplesmente para apreciares uma refeição ao ar livre), na criação de uma zona de churrascos, numa cadeira confortável para o recanto da leitura (óptimo para descontraíres), em jogos de mesa (muito bom para os serões em família, especialmente se tens crianças em casa), em velas (para criares um ambiente relaxante), etc.
Este tipo de elementos melhoram o humor e até contribuem para a saúde das pessoas lá de casa. Podes incorporá-los com vasos de plantas, pequenos troncos de árvore, arranjos florais, aquários, fotos ou pinturas de paisagens, vasos de ervas aromáticas... Se tiveres um jardim, mantêm-o cuidado e com um aspecto bonito.
8 - Resolve os problemas de cada divisão
Pode parecer que não, mas o facto de deixarmos arrastar no tempo a resolução de problemas em casa, acaba por ser uma fonte de stress. Passa por todas as divisões da tua casa e faz uma lista do que há a resolver. Depois regista as tarefas que tens pela frente, na tua agenda (de forma realista, mas de modo a que tudo fique resolvido o mais rápido possível). Eu até tenho um exemplo de um arrastar de situação. Desde há uns tempos que uma das sanitas cá de casa começou a pingar, mas só me lembro disso à noite (quando está tudo em silêncio e a consigo ouvir) e no fim do mês (quando chega a conta da água). Tenho de acabar com este problema irritante, em definitivo.
Trata-se de um recanto da tua casa, em que podes relaxar sem seres incomodado(a). O meu recanto é sem dúvida a minha varanda. Mesmo no Inverno, quando as condições atmosféricas são más, vou para o quarto e abro as cortinas para a varanda. Mas que características tem de ter este lugar? Tanto pode ser no interior de casa, como no jardim ou varanda, mas deve ter elementos relaxantes: por ex. uma poltrona confortável, uma vista bonita, ser silencioso ou ter sons agradáveis (ex. chilrear de passarinhos, som do mar, etc.)... À parte disto, deve ser um lugar onde consigas ficar a sós (se necessário pede à tua família para não te incomodar durante uns minutinhos), de modo a fazeres algo que realmente gostes e te relaxe (por ex. escrever, ler, meditar, orar, etc.).
Com a correria do dia-a-dia, por vezes esquecemo-nos disto. Mas pode fazer toda a diferença... A ideia é chegares a casa e colocares uma música agradável (consoante o teu estado de espírito), acenderes por ex. umas velas, perfumares a casa... Eu também não o faço vezes suficientes, mas é tão bom tomar o pequeno-almoço na minha varanda solarenga, olhar as reluzentes águas do rio e ouvir algo como Michael Bublé. Quando fiz a minha road-trip pela Europa, todos os meus pequenos-almoços foram assim, mesmo em casas de amigos. É tão relaxante! Não sei porque não o faço mais vezes...
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