quinta-feira 31 2015

Zaz - Je Veux





O caminho certo no ano novo


Nós brasileiros estamos dizendo "não" à tradição da imoralidade e, paradoxalmente, o resultado da crise pode ser positivo


2016
O ano de 2016 será novo se tirarmos das tragédias de 2015 as lições que podem ser tiradas(iStockphoto/Getty Images)
Ninguém ignora que podemos usar a verdade ou a lei para enganar o próximo. Trata-se de uma conduta perversa ou, noutros termos, imoral. Só não digo que o Brasil de hoje atravessa uma crise moral porque a imoralidade está inscrita na nossa formação social. Vale lembrar que o país foi o último a abolir a escravidão.
Mas nós brasileiros estamos dizendo "não" à tradição da imoralidade e, paradoxalmente, o resultado da crise pode ser positivo. O caminho do "não" ao uso perverso da lei é o único possível, e nós estamos trilhando este caminho. Bem ou mal, graças à imprensa, o país inteiro sabe que o jeitinho não pode mais ser usado para fazer mau uso da lei - e a lei é para todos, ainda que a sua aplicação seja morosa. Hoje, ninguém mais pode tudo. Há políticos e empresários do mais alto escalão na cadeia e outros mandados de prisão são esperados.
Por outro lado, o número de denúncias é tal que o leitor ou espectador indiretamente aprende que, sem a vigilância, não há como frear o abuso. Tenderá com isso a não votar sem a consciência clara do que está fazendo. Vai valorizar o voto e se valorizar.
O Brasil enfrenta uma guerra interna que pode ser vencida se, além de punir o crime, nós soubermos diferenciar o bom e o mau uso da lei. Isso significa que a imprensa deverá informar e também interpretar os fatos, e a escola deverá se preocupar menos com o ensinamento dos saberes todos e mais com a transmissão de valores, com o respeito à lei e a aceitação dos limites. Do contrário, a vida não é possível - e a tragédia do Rio Doce infelizmente demonstra isso. Como diz Montaigne, uma cabeça bem-feita é mais preciosa do que uma cabeça lotada.
Aplicar a lei e punir é uma coisa, fazer a prevenção do crime é outra, e ela depende, em grande parte, do ensinamento da contenção desde a primeira idade, como se faz na França, onde a noção de direito é central. Os franceses educam os filhos dizendo "você tem o direito" ou "você não tem o direito". O resultado é um país que preserva o seu patrimônio e a sua natureza. Não exporta como os Estados Unidos, mas inspira o mundo inteiro. Nem Hitler conseguiu bombardear Paris, e os franceses assassinados pelo terror, no ano de 2015, nunca serão esquecidos por terem se tornado símbolos da civilidade e do direito à liberdade. À sua revelia, as vítimas são heróis.
O ano de 2016 será novo se tirarmos das tragédias de 2015 as lições que podem ser tiradas. Se cada um de nós se impuser limites e não aceitar abusos, o que significa estar continuamente atento. O ano será tanto melhor quanto maior o respeito pela crença alheia e pela terra onde vivemos. A palavra de ordem alvissareira, implícita na Conferência do Clima de Paris, é controlar o mercantilismo e ensinar a contenção.
A psicanalista e escritora Betty Milan é autora de romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. Foi colunista da Folha de São Paulo, de VEJA e da VEJA.com, onde assinou a rubrica Consultório Sentimental. Formou-se em Medicina na USP e se especializou em Psicanálise, na França, com Jacques Lacan.

quarta-feira 30 2015

Sergio Moro é eleito pela 2ª vez a Personalidade do Ano; protestos de março contra Dilma são o Fato de 2015


VEJA.com selecionou 15 pessoas e 15 acontecimentos que marcaram 2015 e convidou os leitores a escolher, em votação via Twitter, quais deles merecem ser lembrados pela história. Os dois eleitos expressam um só desejo: o combate às mazelas do Brasil — em especial, a corrupção, que encontrou no escândalo do petrolão um exemplo assombroso

Personalidade e Fato 2015
Sergio Moro e os protestos de março: marcas na história(VEJA.com/VEJA)
Dois mil e quinze foi o ano em que o petrolão ganhou dimensões espantosas. Mais empresários envolvidos, políticos graúdos denunciados, mais revelações sobre o assalto organizado à Petrobras. Mas foi também o ano do castigo. Sergio Moro, o juiz à frente dos processos da operação Lava Jato, da Polícia Federal, começou a proferir sentenças, mandando para a cadeia gente que se beneficiou da roubalheiro. Colocando gente graúda atrás das grades, Moro parece ter devolvido aos brasileiros a esperança na Justiça. Foi certamente a recuperação desse sentimento que animou 61% dos leitores que participaram da votação da Personalidade do Ano, promovida por VEJA e Twitter, a escolher o juiz de Curitiba a figura pública mais importante do ano - depois dele aparecerem a lutadora de UFC Ronda Rousey (33% dos votos) e Kim Kataguiri (3%), um dos líderes do Movimento Brasil Livre. É a segunda vitória de Moro: em 2014, ano em que estourou o petrolão, a intransigência do juiz com a roubalheira já havia levado o magistrado a derrotar todos os candidatos.
Os leitores de VEJA e usuários do Twitter foram convidados também a escolher, via voto na rede social, qual o Fato mais marcante de 2015. O vencedor parece expressar o mesmo desejo contido no voto do juiz Moro: repúdio aos malfeitos do governo e do PT e a vontade de mudança. Os protestos de março - que levaram quase 2 milhões de brasileiros às ruas contra o governo Dilma - venceu a disputa com 56% dos votos, seguido pelo início do processo de impeachment de Dilma na Câmara (18% dos votos) e a tragédia de Mariana (10%).
É a terceira vez que VEJA.com realiza a eleição em parceria com o Twitter - a segunda, contudo, em que há também a categoria Fato do Ano. Em todas as oportunidades, os candidatos (sempre em torno de 15 em cada categoria) foram apontados por editores de VEJA.com. Os leitores, então, foram convidados a escolher os melhores, tuitando seu voto. Os eleitores recebiam em resposta uma mensagem de agradecimento e, em alguns casos, um breve histórico relembrando o que candidato havia feito naquele ano.
A votação foi aberta no dia 19 de dezembro e encerrada nesta quarta-feira. Foram computadas as mensagens publicadas no Twitter que continham, simultaneamente, o texto #VejaPersonalidade2015 e o nome de um dos candidatos antecedido do símbolo hashtag - por exemplo: #SergioMoro. O mesmo valia para a votação do Fato do Ano, para a qual foram considerados tuítes contendo a hashtag #VejaFato2015 acompanhados de um dos candidatos a evento mais marcante, como #CriseDosRefugiados, em referência ao drama dos imigrantes que deixam guerras e miséria na África, Oriente Médio e Ásia e tentam a sorte na Europa. Cada tuíte correspondia a um voto.
Agradecemos a todos pela participação! Um feliz 2016!

O Rio dos paradoxos -inépcia do poder público, atalho para a dramática crise financeira que fechou hospitais controlados pelo estado


O inegável charme da capital da Olimpíada de 2016, globalmente celebrado, convive com a inépcia do poder público, atalho para a dramática crise financeira que fechou hospitais controlados pelo estado


Cristo Redentor - Eletrocardiograma
(VEJA.com/VEJA)
Pela televisão, tudo sempre parecerá mais organizado e bem administrado do que a realidade entrega. Estima-se que 4,5 bilhões de pessoas em algum momento entre 5 e 21 de agosto de 2016 acompanhem as partidas de vôlei de praia da Olimpíada com o mar de Copacabana ao fundo, a maratona à margem da Baía de Guanabara, de um lado o Pão de Açúcar, do outro o Cristo Redentor lá no cume do Corcovado, num recorte da natureza que um dia o antropólogo Claude Lévi-Strauss comparou, com mau humor, a uma boca banguela. A boa toada das obras esportivas, a inauguração de longos trechos de infraestrutura de mobilidade urbana, tudo ancorado no empenho do prefeito Eduardo Paes, pareciam indicar um caminho sem muitos sobressaltos para os Jogos Olímpicos do Rio - especialmente se comparados ao país em plena crise econômica e política. O Brasil de 2009, quando o Rio ganhou a corrida olímpica, não existe mais - mas a cidade parecia resistir aos estragos.
Não mais. Na véspera do Natal, o governo estadual revelou a existência de uma dívida financeira de 1,4 bilhão de reais com fornecedores da área de saúde. O resultado foi o fechamento total ou parcial de pelo menos sete hospitais e dezessete Unidades de Pronto Atendimento, parte deles na capital. A alegação oficial foi a queda brusca na arrecadação de ICMS e na receita de royalties do petróleo com o declínio do preço do barril. São explicações plausíveis, mas insuficientes para esconder a inépcia e o mau planejamento. As cenas tristes de pacientes à espera de um leito certamente não aparecerão na televisão - mas não há como escondê-­las, como mostra a reportagem a seguir. O Rio olímpico, o Rio da esperança de um amanhã menos desigual, é também o Rio de hoje, no pronto-socorro. Salvá-lo do colapso da saúde é o único caminho de recuperação de uma cidade celebrada globalmente - apesar do tráfico de drogas, do crime, da sujeira e do descaso - por um estilo de vida singular. Não há outro lugar no mundo capaz de manter essas duas facetas em doses iguais. Mas, para que o lado bom e bonito prospere, é crucial que o ruim e feio esteja minimamente controlado. A convite de VEJA, alguns cariocas da gema, e outros por escolha, traduziram em artigos exclusivos esse estado de espírito de uma população que continua a enxergar na sua praia o umbigo do universo, mesmo passado mais de meio século dos áureos tempos de capital federal. Neste pacote especial há um pouco de história, um tanto das mazelas atávicas e um bocado do jargão local - enfim, aquilo que faz do Rio o Rio, apesar da vergonha de hospitais momentaneamente protegidos por tapumes.

terça-feira 29 2015

Dilma muda regra e declara Brizola como 'herói da pátria'


Presidente sancionou uma norma que reduz de 50 para dez anos o tempo necessário para que uma pessoa seja incluída no 'Livro dos Heróis da Pátria', exposto em Brasília

Dilma Rousseff com Leonel Brizola durante almoço do PDT março de 1998
Dilma Rousseff com Leonel Brizola durante almoço do PDT março de 1998(Luis Fernando/Agência RBS)
A presidente Dilma Rousseff alterou uma lei e incluiu o nome de Leonel Brizola no "Livro dos Heróis da Pátria". A sanção da norma e a homenagem foram publicadas nesta terça-feira, no Diário Oficial da União (DOU). Brizola é uma das referências políticas de Dilma. Antes de se filiar ao PT em 2001, a presidente fez parte do PDT, partido que foi fundado pelo político gaúcho.
Para nomear Brizola como "herói da pátria", Dilma sancionou uma lei aprovada pelo Congresso que altera o tempo necessário para que uma personalidade receba a homenagem de 50 para dez anos após a morte. Brizola morreu em 2004, aos 82 anos.
Já receberam a homenagem nomes como Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Getúlio Vargas. O livro, com páginas de aço, fica exposto no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Político nacionalista e populista, Brizola teve atuação destacada na luta contra a ditadura e no período de redemocratização. Em 1989, ficou em terceiro lugar na disputa para a Presidência da República, naquela que foi a primeira eleição direta depois da ditadura militar de 1964. Além de ser governador do Rio Grande do Sul, sua terra natal, Brizola também esteve à frente do governo do Rio de Janeiro, onde fixou residência em meados da década de 1960.
Em 1998, Brizola foi vice da chapa do então candidato do PT Luiz Inácio Lula da Silva. A dupla perdeu a eleição para Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, o PDT fez parte da base aliada que levou Lula ao poder, mas Brizola sempre se manteve crítico ao governo petista.
(Com Estadão Conteúdo)

Prefeitura de São Paulo apresenta nova proposta para regulamentar o Uber


Para operar, apps terão de adquirir créditos, que terão preço regulado de acordo com horários de utilização, área de atuação e distância percorrida

Taxistas bloqueiam o viaduto do Chá, na região central de SP, durante protesto contra proposta de regulamentar o Uber na capital paulista - 29/12/2015
Taxistas bloqueiam o viaduto do Chá, na região central de SP, durante protesto contra proposta de regulamentar o Uber na capital paulista - 29/12/2015(Moacyr Lopes Júnior/Folhapress)
A prefeitura de São Paulo apresentou nesta terça-feira uma segunda tentativa de regulamentação do aplicativo de transporte privado individual Uber, com uma proposta de cobrança de taxas para esse tipo de serviço. O texto do projeto foi colocado em consulta pública e poderá receber sugestões e aprimoramentos nos próximos 30 dias, segundo comunicado da prefeitura.
O projeto prevê que os aplicativos responsáveis pela intermediação entre motoristas e usuários terão de ser cadastrados como Operadoras de Transporte Credenciadas (OTCs) e adquirir créditos de quilômetros para operar. Os créditos serão disponibilizados pela prefeitura e terão preço regulado de acordo com horários de utilização, área de atuação na cidade e distância percorrida.
Além disso, o texto prevê que os aplicativos terão seis meses para disponibilizar ferramentas que permitam conectar usuários com destinos semelhantes para que até quatro passageiros dividam um veículo durante o trajeto. O anúncio do projeto foi marcado por protestos de taxistas, que se reuniram na frente do edifício da prefeitura, no Viaduto do Chá, centro da cidade.
O Uber, por sua vez, comemorou a iniciativa, e disse em comunicado que a proposta é "inovadora". "O prefeito Fernando Haddad mostrou mais uma vez um forte compromisso com a cidade e seus cidadãos criando uma regulamentação específica e muito inovadora para o uso intensivo da infraestrutura urbana de São Paulo", disse a empresa em nota. "Essa nova regulação, única no mundo, cria normas para o transporte individual privado na cidade, que é o serviço prestado pelos motoristas parceiros da Uber", completou.
A unidade brasileira da empresa norte-americana declarou ainda que participará da consulta pública aberta pela prefeitura, enviando contribuições para "fazer com que esta regulação seja o mais inovadora e inclusiva possível". O aplicativo continua operando na cidade.
Esta é a segunda tentativa da cidade de regulamentar o Uber, que tem cerca de 1,8 mil motoristas em São Paulo. Na primeira, a prefeitura criou alvarás para os novos "táxis pretos", carros de luxo chamados por aplicativos. Na ocasião, o Uber havia declarado que não se encaixava na proposta, uma vez que não se classificava como serviço de táxi, e continuou operando.
Na semana passada, a Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou em primeira votação um projeto de lei que autoriza serviços de transporte individual privado de passageiros, em outra tentativa de regulamentar o Uber. O texto ainda precisa passar por uma segunda votação em fevereiro.
(Com agência Reuters)

Número de casos suspeitos de microcefalia sobe e passa de 2,9 mil


Em oito Estados, houve aumento de casos – 656 cidades apresentam notificações de nascimentos de bebês com a má-formação

Imagem do mosquito Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue
Imagem do mosquito Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue(Ana Macedo/Futura Press/VEJA)
O número de casos de microcefalia subiu de 2.782 para 2.975 em uma semana, segundo boletim divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. O levantamento mostra também um aumento dos municípios com notificações de nascimentos de bebês com a má-formação, relacionada à vírus zika, transmitido pelo mesmo mosquito da dengue. Agora, 656 cidades apresentam casos, ante 618 na semana passada. O número de óbitos não foi alterado: 40 até o momento.
O crescimento nesta última semana foi o menor, em termos porcentuais, desde que boletins sobre a doença começaram a ser apresentados. Para epidemiologistas, no entanto, os números estão longe de indicar uma folga na epidemia. "O país registrou quase 3.000 casos de setembro para cá, a maior parte no Nordeste. É esperado um aumento de casos no Sudeste, no Centro-Oeste", avalia o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Rivaldo Cunha.
Das 20 unidades da federação com casos suspeitos, três apresentaram uma redução do número de casos - em Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso, casos que estavam em investigação foram descartados. Em oito Estados, houve aumento de casos.
Os maiores indicadores estão em Pernambuco: 1.153, o equivalente a 38,76% dos casos em todo o País. Em seguida, vem a Paraíba (com 476), Bahia (com 271), Rio Grande do Norte (com 154), Sergipe (com 146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94) e Piauí (51).
A epidemia de nascimentos de bebês com microcefalia no país está associada à zika, doença provocada por um vírus transmitido pelo mesmo vetor que a dengue, o Aedes aegypti. Pesquisadores identificaram em dois fetos com a má-formação a presença do vírus. O número de casos de microcefalia (que em 90% dos casos leva à deficiência mental, problemas auditivos e de visão) saltou a partir de setembro, quando gestantes que tiveram a doença no primeiro trimestre começaram a dar à luz.
(Com Estadão Conteúdo)

Canal livre - A FIGURA HISTÓRICA DE JESUS - 11/05/2014





Eduardo Jorge - 2015: Terrível Fim de Ano Terrível.


Eduardo Jorge
Uma pergunta/questionamento me fazem por onde ando: como socorrer o Brasil e os brasileiros nesta paralisia Dilma/Cunha/Governo federal/Câmara?
Gostaria que fosse suficiente remeter ao Programa PV2014 (ver no site PV Nacional, continua lá desde março2014). Falar do capítulo de reforma política, do parlamentarismo e sua superioridade frente ao presidencialismo, de sua maior eficiência, de seu conteúdo mais democrático, de sua capacidade de enfrentar crises deste tipo. Falar do voto distrital misto como forma de eleger parlamentos com maior representatividade, com menos interferência do poder econômico, mantendo os eleitos mais próximos da vida dos eleitores. Falar da necessidade de desprofissionalizar a atividade política começando pelos vereadores. Falar da integração democracia representativa/participativa/direta. Falar de mais democracia como melhor tratamento para as doenças que apodrecem executivos e legislativos.
Mas as pessoas querem mais do que teses políticas de médio e longo prazo. Querem saber de ações imediatas sobre a tremenda crise econômica/social/política/ética que os últimos governos federais armaram para o Brasil de hoje.
Querem saber do “Fora Cunha “ e do “Fora Dilma”...
Já venho falando disto em vários textos aqui no face book desde o início de 2015, porém a pergunta permanece no ar. Então vejamos:
“Fora Cunha”.
Sim e o mais rápido possível dentro das regras legais. A Presidência da Câmara é um cargo totalmente político. Uma pessoa que não fala a verdade em comissão legislativa, que manipula regimentos, que pratica chantagens políticas em série, não pode permanecer nesta posição chave da democracia brasileira. Os deputados devem realizar uma nova eleição e substituí-lo. Se tivermos que ter outro deputado do PMDB (por ser o maior partido) no seu lugar, se eu fosse deputado federal gostaria de votar no deputado PMDB/PE Jarbas Vasconcelos, um peemedebista dos antigos, para ser o novo presidente da Câmara em lugar daquele triste personagem.
“Fora Dilma”.
Sobre este assunto sempre fui muito prudente e moderado. É um caso muito mais grave e mais complexo. Em março, julho e agosto /2015 vão achar textos aqui no face book um pouco mais detalhados. Ver também artigo meu na página 3 do jornal Folha de São Paulo com título “O Nó de Brasília”. Para quem quiser mais detalhes, são atuais.
No entanto, no final do ano, com uma ação de impedimento em andamento, sou obrigado a uma complementação.
Os 13 anos dos últimos governos federais desaguaram numa grave crise econômica/social/política/ética. Não é o caso de detalhar agora a lista dos desacertos que a motivaram. Quero agora voltar aos 5 caminhos que já comentei nos textos anteriores como as possíveis saídas para o impasse. Lembrem-se, já estamos há um ano sem governo com o Brasil navegando a deriva.
1. Renúncia. A presidente reconhecendo sua incapacidade de superar a paralisia deixa que seu vice tente articular uma saída política diferente. Isto só depende dela. Ninguém pode forçá-la neste gesto.
2. Cassação da chapa pelo TSE. Há julgamento em andamento de várias irregularidades apontadas em relação à eleição2014. Deve surgir um veredito em março de 2016. Se forem condenados podemos ter nova eleição já.
3. Impeachment. O pedido de impedimento é uma possibilidade constitucional. Esta ladainha de “golpe/golpe/golpe” é conversa fiada de quem não tem argumentos ou desejo de abrir os olhos para dura realidade dos fatos. A recente decisão do STF, no mesmo tempo que acolhe correções pedidas pelo próprio agrupamento de partidos no poder no rito de tramitação do processo, só veio confirmar que o processo em si é legitimo, democrático, constitucional. Zero golpe. Não vai ter golpe porque não se trata de golpe nenhum.
O que tenho falado é que esta possibilidade de processo de julgamento é sempre possível, porém sempre ressaltando que não pode ser a galope atropelando os tempos necessários para a ampla defesa do acusado. E que uma votação justa, equilibrada, não pode ser decidida medindo quem põe mais gente nas ruas. A votação é política sim, mas tem que ter base em fatos, em delitos previstos na lei e realmente provados, caso contrário corremos um risco da decisão virar briga de rua.
É o início de um processo deste tipo que estamos vivendo com o acolhimento do pedido feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reali Jr.
4. O desgoverno se arrasta até 2018. Vamos sofrendo com um governo fraco, sem autoridade aceita, errático, até 2018. Infelizmente na rigidez do presidencialismo este é, em minha opinião, o cenário/caminho mais provável... Para a infelicidade quase geral na nação, principalmente dos mais frágeis econômica e socialmente. É triste dizer, mas temos um consolo, talvez sirva de experiência para os cidadãos/ãs na hora de um gesto tão importante que é o gesto do voto.
5. Governo de transição para 2018. Formação de um governo de enfrentamento da crise. Sempre foi para mim o caminho preferido e menos traumático. Quais seriam as condições para isso?
A presidente assume plenamente a responsabilidade do seu governo anterior pela crise atual. Assume que não mostrou como deveria as dificuldades que vivíamos na campanha 2014.
A presidente se compromete com uma postura de imparcialidade diante das investigações judiciais em andamento.
A presidente se desfilia do PT por ser este a organização mais afetada pelas atuais investigações como uma demonstração de isenção diante das mesmas. Sem filiação partidária pode se concentrar na tarefa de enfrentamento da crise com mais independência.
A presidente se compromete em não interferir nas eleições 2016 e 2018.
A presidente propõe programa emergencial de enfrentamento da crise, pedindo sugestões das forças políticas interessadas em participar deste esforço.
Formação de novo e compacto ministério com um ministro coordenador escolhido de comum acordo entre os que aceitarem participar deste esforço de transição.
Enfim, seria uma espécie de versão 2016/18 do governo Itamar Franco que em outra situação grave conseguiu levar o navio até um porto seguro em condições de realizarmos uma nova eleição e diminuindo as dores da crise.
Como disse, esta foi sempre minha posição preferida desde março de 2015, quando ficou clara a incapacidade de governar do bloco político no palácio do Planalto. Em agosto/2015 ela foi aprovada como posição do diretório nacional PV e levada aos interlocutores no atual governo. Zero resposta.
Outras forças políticas, personalidades e jornalistas também vêm falando algo parecido sem, aparentemente, repercussão por parte da presidência.
Finalizando e diante do fato concreto de que temos um processo de impedimento em andamento que exige posição definida de votação, o que eu faria se fosse deputado, além de continuar insistindo na minha hipótese preferida (5)?
Seria pela instalação da comissão para análise do pedido dos juristas. Hoje seria pelo acatamento da denúncia Hélio Bicudo/Miguel Reali Jr. Mas saberia ouvir com atenção a defesa que a presidente vai apresentar para finalmente poder votar/julgar com todos os elementos defensivos que um processo democrático coloca à disposição de um acusado.
Alguém curioso pode questionar se acredito que haverá maioria para o afastamento. Não sei. Na verdade acho que dificilmente a presidente não reunirá um número mínimo para bloquear o processo e seguir com sua nau fantasma em direção ao desconhecido.
Por: Eduardo Jorge

Mário Sérgio Cortella | Viver Apressadamente





Como sobreviver às más notícias


Para não sucumbir à ansiedade causada pelo excesso de informações da era digital, é preciso pôr os fatos em uma perspectiva histórica, aceitar que o conhecimento está em constante transformação e lembrar-se de que acontecimentos ruins muitas vezes têm desfecho positivo

ALÍVIO -  Um refugiado comemora ao desembarcar na Ilha de Lesbos, na Grécia. Para ele, o pior ficou para trás
ALÍVIO - Um refugiado comemora ao desembarcar na Ilha de Lesbos, na Grécia. Para ele, o pior ficou para trás(ARIS MESSINIS/AFP)
As informações chegam por todos os meios, quer a gente queira ou não: pelo jornal, pela televisão, por rádio, pela internet, por Twitter, por WhatsApp, por Facebook e até pelo boca a boca. "Salsicha causa câncer", "Donald Trump lidera a corrida republicana à Presidência dos Estados Unidos" ou "Aylan, um refugiado sírio de 3 anos de idade, é encontrado morto numa praia da Turquia". A era digital é também a era do excesso de informação. Estima-se que na primeira década deste século tenham sido produzidos mais conteúdo e dados novos do que em toda a história anterior da humanidade. Diante de tal sobrecarga, é natural a sensação de que os fatos negativos são os mais frequentes e de que o mundo é um lugar cada vez pior para viver. Antes de chegar a este artigo, o leitor provavelmente folheou a retrospectiva nas páginas anteriores e teve esta mesma impressão sobre o ano que se encerra: quanta desgraça, quanta notícia ruim! Corrupção, conchavos políticos, recessão, terrorismo, terremoto, guerras. Como absorver tudo isso, mantendo-se atualizado com os conhecimentos essenciais à vida moderna - mas às vezes conflitantes e negativos -, sem sucumbir à ansiedade e ao pessimismo? Eis como fazê-lo em três passos simples.
Situe a notícia em um contexto mais amplo
A grande variedade de fontes de informação e de opinião disponíveis raramente faz isso por você, mas, quando se analisa a maioria dos fatos à luz da história, a conclusão é que houve progresso, e não retrocesso. Em outras palavras, o mundo está melhor. Nos últimos quinze anos, a média anual de mortes em guerras foi quase um quarto da registrada na segunda metade do século XX. Em 2014 e 2015, porém, o número total de mortos aumentou na comparação com os dois anos anteriores por causa da guerra civil na Síria. Isoladamente, essa é uma má notícia. Mas também significa que, uma vez solucionado o conflito sírio, a tendência de queda no número de vítimas será recuperada.
O que dizer, então, do terrorismo islâmico, um fenômeno contemporâneo, inexistente um século atrás? Evidentemente, trata-se de uma ameaça a ser combatida com seriedade, mas também precisa ser posta em perspectiva. As vítimas de atentados representam menos de 2% do total de mortes violentas em todo o mundo. E a proporção destas, por sua vez, re­duziu-se em 3,3% entre 2000 e 2012, segundo os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS). A melhoria é lenta, mas o mundo é um lugar cada vez mais seguro.
Na área da saúde, há ainda mais motivos para comemorar. O número de crianças que morrem anualmente antes de completar 5 anos, por exemplo, caiu pela metade desde 1990. Epidemias são controladas mais rapidamente do que algumas décadas atrás. "É possível acompanhar os desdobramentos de um novo vírus quase em tempo real pela internet", diz a epidemiologista Maria Rita Donalisio Cordeiro, da Unicamp. O acesso fácil à informação também salva vidas porque a população aprende a se prevenir melhor. A sobrecarga de informação é o preço que se paga por esse benefício.
Deixe por um instante suas crenças arraigadas de lado e considere natural que os fatos mudem
"Quando tentamos extrair um significado de eventos públicos, tendemos a misturar nossa compreensão dos fatos com nossas crenças subjetivas sobre o que eles representam", escreveram Bill Kovach e Tom Rosenstiel, dois mestres do jornalismo americano, no livro Blur (sem publicação em português). A dificuldade de se desfazer de convicções pessoais contribui para a ansiedade causada pela mudança constante dos fatos, especialmente os científicos. Quando uma pessoa adquire um conhecimento e se convence de que ele é verdadeiro (por exemplo, de que ovo faz mal à saúde), provoca-lhe incerteza receber a informação oposta. Contra isso, é preciso compreender que a produção de conhecimento é um processo contínuo. Há fatos que mudam rapidamente, como a previsão do tempo, e outros que são mais perenes, como o número de continentes no planeta. As mudanças mais difíceis de assimilar são aquelas que levam meses ou anos, no intervalo de tempo de uma vida humana, para ocorrer.
Imagine o que pode dar certo. Nem todas as más notícias se concretizam
Algo que aparentemente está dando errado pode ser apenas uma etapa que levará a um desenlace positivo. A corrupção no Brasil parece ter superado todos os níveis históricos? Sim, mas há bons sinais para acreditar que a punição aos envolvidos também será inédita. Os Estados Unidos deram uma guinada nacionalista, anti-imigrante? Calma, essa é apenas a impressão que se tem por causa do barulho provocado ao longo do ano por um pré-candidato republicano, Donald Trump. Ele ainda não é presidente, e talvez nunca venha a ser.
Muitos fatos são apenas pedaços de uma longa história. Para entender o seu verdadeiro impacto, é preciso esperar pelo ponto-final.
Com reportagem de Paula Pauli

segunda-feira 28 2015

O Rappa - Anjos "Pra Quem Tem Fé" (Webclipe) #novosomdorappa














Governadores se reúnem para discutir agenda contra a crise

Pezão, sem querem, querendo, está na foto bem pertinho da presidenta, que coisa, não????

Treze governadores confirmaram presença no encontro que deve ocorrer na tarde desta segunda-feira em Brasília e vai tentar estabelecer uma pauta comum para o crescimento




Dilma Rousseff se reúne com governadores para discutir um "pacto de governabilidade", no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF)
Reunião de governadores e a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, em Brasília (DF)(Pedro Ladeira/Folhapress)
Com dificuldades para enfrentar a frustração de receitas diante da crise econômica, governadores se reúnem nesta segunda-feira, em Brasília, para discutir a elaboração de uma agenda de propostas visando a melhora do ambiente econômico do país. O documento será entregue ao ministro da Fazenda,Nelson Barbosa.
O encontro dos chefes dos Executivos estaduais para discutir a conjuntura política e econômica foi articulado pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). Até o domingo, haviam confirmado presença treze governadores, tanto que fazem oposição ao governo federal - entre eles, os tucanos Geraldo Alckmin (São Paulo) e Marconi Perillo (Goiás) -, quanto fiéis aliados de Dilma Rousseff, como o petista Fernando Pimentel (Minas Gerais) e o peemedebista Luiz Fernando Pezão (Rio de Janeiro).
"Vivemos a mesma realidade e enfrentamos problemas comuns", afirmou Rollemberg, que citou, como exemplos, a questão do financiamento a investimentos, a geração de empregos e o pagamento das dívidas com a União. O objetivo dos governadores, segundo Rollemberg, é também estabelecer uma atuação conjunta para monitorar as votações no Congresso.
Os governos estaduais já discutiam em conjunto alternativas para enfrentar a crise fiscal, mas querem afinar o discurso para entregar uma pauta pós-ajuste, com foco em medidas para estimular o crescimento econômico. Os governadores contam com a adesão de Barbosa a uma agenda mais desenvolvimentista. O encontro está marcado para o meio-dia.
Assim como a equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, os Estados também precisaram recorrer a "remédios amargos" - termo usado pela presidente para definir o aumento de impostos e corte de investimentos e de benefícios sociais - para fechar as contas em 2015.
De acordo com o último relatório de gestão fiscal dos Estados - elaborado em setembro pelo Tesouro Nacional e com dados consolidados até agosto deste ano -, a parcela da receita que os governos estaduais gastam com o pagamento de servidores está no nível mais alto nos quinze anos de vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. O recorde ocorreu principalmente por causa da queda de arrecadação provocada pela retração da economia.
Nos doze meses encerrados em agosto deste ano, os governos de 26 Estados e o Distrito Federal gastaram, em média, 46,75% de sua receita corrente líquida com a folha de pessoal. Em agosto do ano passado esse indicador estava em 44,75%. O patamar de 45% não era superado desde 2000, ano em que a LRF entrou em vigor.
Crise - O impacto da retração da economia nas contas estaduais é generalizado. Conforme os dados mais atualizados do Banco Central, a recessão foi maior nas regiões Sul e Norte, como consequência, principalmente do desempenho negativo das vendas do comércio e da produção industrial. Um dos pontos que os governadores querem tratar com Barbosa não deve ser bem recebido pelo ministro: um afrouxamento no pagamento da dívida dos Estados com a União. O montante fechou 2014 em 553,7 bilhões de reais, ante uma receita líquida total de 497,9 bilhões de reais.
No dia 18, o Consórcio Interestadual do Brasil Central, que reúne os governadores de Goiás, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal, decidiram propor ao governo federal a suspensão temporária do pagamento da dívida dos seus Estados, que, em conjunto, supera 36,5 bilhões de reais. Em 1998, a dívida dessas unidades da Federação era pouco superior a 4 bilhões de reais. Passados dezessete anos, os Estados ainda continuam devendo 36,5 bilhões de reais, mesmo tendo pagado 23,6 bilhões de reais nesses últimos anos.
"Isso é uma vergonha", afirmou na ocasião o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), presidente do consórcio. Ele disse que vai entregar carta à presidente Dilma manifestando a posição contrária dos governadores à diminuição dos repasses do Fundo Constitucional do Centro-Oeste. Governador de Mato Grosso, Pedro Taques propõe moratória da dívida dos Estados com a União durante os próximos três anos. "Preciso encontrar dinheiro para janeiro e fevereiro, quando ocorre uma queda sazonal do ICMS", declarou Taques em Cuiabá, no último dia 21. Segundo ele, "a moratória é a saída para amenizar os efeitos da crise econômica que afeta o Brasil e atinge os Estados".
Em sua avaliação, se os Estados deixam de pagar durante três anos terão como investir e gerar empregos e renda. Os Estados do chamado Brasil Central querem ganhar adesão de outras unidades, principalmente Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
(Com Estadão Conteúdo)

domingo 27 2015

Novo herói do Brasil é um juiz nerd que é duro com a corrupção oficial


O juiz federal Sergio Moro, que preside casos em um enorme escândalo de corrupção no Brasil conhecido como "Car Wash". (FotoArena / Sipa EUA)


 As figuras mais admiradas do Brasil são geralmente coloridos ou glamourosas - pessoas como estrela de futebol Neymar Júnior ou supermodelo brasileira Gisele Bundchen. Mas o herói deste ano é um juiz federal de terno escuro, de fala mansa que é, de acordo com um de seus amigos mais próximos, "um nerd."
Sergio Moro tornou-se um nome familiar por seu trabalho presidindo uma série de ensaios em um enorme escândalo de corrupção. Apelidado de "Car Wash", o escândalo abalou algumas das instituições mais importantes do Brasil, incluindo a sua empresa estatal de petróleo Petrobras e dos Trabalhadores 'Party que tem governado o país por 12 anos.
Moro foi preso ex-políticos e executivos de algumas das maiores empresas do Brasil em conexão com o escândalo, que ameaça o governo profundamente impopular da presidente Dilma Rousseff.
Quando os brasileiros inundaram as ruas para protestar contra a corrupção e pedir impeachment de Dilma em quatro ocasiões este ano, muitos usavam máscaras Moro, acenou bandeiras com seu nome ou bonecas infláveis ​​Moro realizadas.
Moro minimiza os elogios. "O juiz, como todos vocês sabem, apenas juízes seguintes da lei, os seguintes fatos e as provas seguintes", ele disse a uma audiência em Curitiba no sul do Brasil no início deste ano, quando ele recebeu um prêmio de uma associação empresarial.
A investigação Car Wash, que começou em março de 2014 e é gerido por uma força-tarefa do Ministério Público em Curitiba, descobriu que empreiteiros pago propinas a atravessadores e políticos em troca de contratos da Petrobras. Como resultado das revelações, a empresa teve que escrever fora $ 2 bilhões em custos relacionados com suborno e investimentos corte. O impacto do escândalo na companhia de petróleo gigante do Brasil e seus fornecedores é tão grande que ele ajudou a mergulhar a recessão countryinto.
Na capital, Brasília, uma equipe separada dos procuradores está investigando dezenas de legisladores em conexão com o regime, incluindo Eduardo Cunha,presidente da Câmara dos Deputados do Brasil. Os promotores disseram que ele e sua família tinha milhões de dólares em contas bancárias suíças.
Gustavo de Oliveira, professor de direito na Universidade de São Paulo, que ensina um curso corrupção, disse que o trabalho de Moro está transformando o que tinha sido a indiferença generalizada para o problema da corrupção no Brasil.