terça-feira 29 2015

Número de casos suspeitos de microcefalia sobe e passa de 2,9 mil


Em oito Estados, houve aumento de casos – 656 cidades apresentam notificações de nascimentos de bebês com a má-formação

Imagem do mosquito Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue
Imagem do mosquito Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue(Ana Macedo/Futura Press/VEJA)
O número de casos de microcefalia subiu de 2.782 para 2.975 em uma semana, segundo boletim divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde. O levantamento mostra também um aumento dos municípios com notificações de nascimentos de bebês com a má-formação, relacionada à vírus zika, transmitido pelo mesmo mosquito da dengue. Agora, 656 cidades apresentam casos, ante 618 na semana passada. O número de óbitos não foi alterado: 40 até o momento.
O crescimento nesta última semana foi o menor, em termos porcentuais, desde que boletins sobre a doença começaram a ser apresentados. Para epidemiologistas, no entanto, os números estão longe de indicar uma folga na epidemia. "O país registrou quase 3.000 casos de setembro para cá, a maior parte no Nordeste. É esperado um aumento de casos no Sudeste, no Centro-Oeste", avalia o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Rivaldo Cunha.
Das 20 unidades da federação com casos suspeitos, três apresentaram uma redução do número de casos - em Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso, casos que estavam em investigação foram descartados. Em oito Estados, houve aumento de casos.
Os maiores indicadores estão em Pernambuco: 1.153, o equivalente a 38,76% dos casos em todo o País. Em seguida, vem a Paraíba (com 476), Bahia (com 271), Rio Grande do Norte (com 154), Sergipe (com 146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94) e Piauí (51).
A epidemia de nascimentos de bebês com microcefalia no país está associada à zika, doença provocada por um vírus transmitido pelo mesmo vetor que a dengue, o Aedes aegypti. Pesquisadores identificaram em dois fetos com a má-formação a presença do vírus. O número de casos de microcefalia (que em 90% dos casos leva à deficiência mental, problemas auditivos e de visão) saltou a partir de setembro, quando gestantes que tiveram a doença no primeiro trimestre começaram a dar à luz.
(Com Estadão Conteúdo)

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