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Subindo dois pontos no levantamento divulgado hoje pelo Instituto Datafolha, enquanto Marina Silva (PSB) cai dois pontos, o presidenciável tucano Aécio Neves dá sinais fortes de que ainda pode estar no segundo turno.
Aécio sobe aos poucos, mas vem subindo nos últimos quatro levantamentos, enquanto Marina caiu em cada um desses quatro.
Marina ainda está à frente e deve ser respeitada, mas seu pouco tempo na TV, os ataques pesados que vem recebendo da presidente Dilma e seu programa na TV, mais as críticas de Aécio estão mostrando seu efeito.
Tudo indica que o tucano cresceu porque começou a demonstrar o que boa parte de seus partidários queriam desde o início da campanha — firmeza e indignação diante dos despautérios do lulopetismo e da incompetência do governo Dilma.
Sua possível chegada a um segundo turno com Dilma, que prossegue sendo a candidata que tem o maior índice de rejeição — fator crucial em uma disputa –, vai depender principalmente dele mesmo.
Sua atuação, para tanto, precisaria se desenrolar em quatro frentes diferentes:
1. Continuar trabalhando duro em Minas, como fez nos últimos dias, para reverter a vantagem de Dilma em seu Estado natal, bem como a possibilidade — terrível para o tucano — de que o petista Fernando Pimentel derrote ainda no primeiro turno o candidato do PSDB a governador, Pimenta da Veiga. Incursões a várias regiões do Estado nesses dias finais, discursos veementes, apelo a símbolos fortes — como foi o batismo dos filhos gêmeos Júlia e Bernardo na mesma igreja em que ele próprio foi batizado, como ocorrera com o avô, o presidente Tancredo Neves.
Não custa lembrar que, em Minas, o candidato a senador pelo PSDB, o ex-governador Antonio Anastasia — figura fundamental para os dois governos de Aécio no Estado como secretário de Planejamento e Gestão –, lidera disparado as intenções de voto, exibindo sempre mais de 40% em qualquer pesquisa. Se Anastasia conseguiu, é sinal de que Pimenta, embora um candidato “pesado”, pode diminuir a diferença que o separa de Pimentel e chegar com ele ao segundo turno.
Anastasia indica também o índice que o próprio Aécio poderia/deveria alcançar em seu Estado.
2. Fazer uma última e forte incursão em São Paulo, com seu colossal contingente de 32 milhões de eleitores — que, dos 22% do total de eleitores do país que representou no pleito anterior, em 2010, subiu quase meio ponto, passando para 22,4%. “Colar” mais ainda do que tem feito no governador Geraldo Alckmin, que ostenta vantagem espetacular sobre seus adversários e está praticamente eleito no primeiro turno.
3. Bater mais forte no governo Dilma e no lulopetismo: Aécio só aumentará suas chances se conseguir convencer parte dos cerca de 8 milhões de brasileiros indecisos e mesmo parte do eleitorado de Marina de que é ele, e não a candidata do PSB, o anti-PT nestas eleições.
4. Ter um desempenho firme e convincente no mais importante debate do primeiro turno, o da Globo: por ser o último antes das eleições, ser levado a efeito menos de 72 horas antes de começar a votação e realizar-se na emissora líder, de longe, de audiência no país, o debate da Globo é fundamental. Aécio precisa brilhar se quiser ter chances no dia 5.
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