Acidente aéreo
Ajuda será dada por cinco especialistas, entre eles, representantes de orgãos investigadores de acidentes aéreos dos dois países e técnicos das empresas fabricantes da aeronave e do motor
Mariana Zylberkan
Equipes de resgate no local onde caiu a aeronave que transportava Eduardo Campos - AFP
(Atualizado às 19h56)
Peritos de dois órgãos americanos e outro canadense especializados em investigação de acidentes aéreos vão ajudar a apurar as causas que levaram à queda da aeronave que transportava o candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, e outras seis pessoas na última quarta-feira, na cidade de Santos (SP).
A investigação do acidente é conduzida pelo Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica. O acidente foi comunicado ao National Transportation Safety Board (NTSC), órgão ligado ao governo americano e responsável por investigar acidentes na aviação civil, por ter envolvido uma aeronave de origem americana, um jato modelo Cessna 560XL Plus. A partir dessa notificação, o NTSC enviou a Santos o investigador de segurança aérea Tim Monville. Ele foi responsável, recentemente, pelas investigações de um acidente de avião que matou seis membros de uma família, no Kansas, nos Estados Unidos, quando voltavam de uma viagem de férias às Bahamas.
Monville veio acompanhado de outros dois peritos que chegaram ao local do acidente nesta sexta-feira de manhã, para vistoriar a área e conversar com técnicos do Cenipa. Um deles é da Federal Aviation Administration, orgão que regulamenta a aviação civil nos Estados Unidos, e outro, um representante da Cessna, empresa fabricante da aeronave. Em comunicado, a NTSC afirma que todas as informações sobre o acidente serão repassadas pelo Cenipa.
Vão participar das investigações também um técnico da Pratt & Whitney, empresa canadense fabricante do motor, e um representante da Transportation Safety Board of Canada (TBS), agência de investigação de acidentes aéreos do Canadá. Segundo a Aeronáutica, os peritos irão atuar no caso como representantes acreditados.
A atuação de representantes acreditados é prevista em portaria editada em fevereiro deste ano que reeditou os protocolos de investigação de acidentes aéreos. "O Estado de registro, o Estado do operador, o Estado de projeto e o Estado de fabricação da aeronave terão o direito de nomear representantes acreditados para participarem da investigação", diz nota oficial da Força Aérea Brasileira (FAB).
Nesta sexta-feira, a FAB informou que os áudios captados na caixa-preta da aeronave não são referentes ao voo realizado na última quarta-feira. Os dados do gravador poderiam ser peça-chave para elucidar o acidente. O modelo da aeronave acidentada não registra dados técnicos dos comandos realizados pelos pilotos nos voos.
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