Manifestações
Bloqueio de rodovias e avenidas, reivindicações por melhorias nos transportes, repasse de verbas para educação e saúde estão entre as reivindicações
Protesto do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), no Terminal João Dias, na Zona Sul de São Paulo (SP), na manhã desta quinta-feira (15) (Luiz Claudio Barbosa/Futura Press/Folhapress)
Faltando 28 dias para a Copa do Mundo, movimentos sociais, organizações civis, partidos políticos e ativistas organizam protestos nesta quinta-feira em várias cidades do país, empunhando a bandeira "Copa sem povo: tô na rua de novo".
As mobilizações programadas para este 15 de maio, intitulado pelos manifestantes como ‘15M - Dia Internacional de Lutas contra a Copa’, foram definidas no início do mês em um encontro organizado pela Associação Nacional dos Comitês Populares da Copa (Ancop). O objetivo é protestar contra supostas violações de direitos humanos que ocorreram durante a preparação do Mundial, segundo informações da Agência Brasil.
Estão agendados atos de protesto em pelo menos sete cidades-sede da Copa: Belo Horizonte (MG), Brasília (Distrito Federal), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP), além de Vitória (ES).
Os manifestantes pretendem tomar as ruas, como ocorreu em junho do ano passado, quando uma série de atos mobilizou milhares de brasileiros durante a Copa das Confederações. Os grupos, embora não unificados, apresentam onze reivindicações. Entre elas, está desmilitarização das polícias, pensão vitalícia para as famílias dos nove operários mortos enquanto trabalhavam na construção de estádios da Copa, bem como a responsabilização das construtoras.
Os movimentos também reivindicam o fim dos despejos e das remoções forçadas, a realocação de todas as famílias atingidas por obras relacionadas à Copa e a garantia de moradia. Defendem ainda mais investimentos em transporte público, além da tarifa gratuita nos meios de mobilidade, pauta que movimentou o país em junho do ano passado.
Cada cidade tem uma programação própria dos atos, mas a maior parte das passeatas está prevista para o período da tarde.
Em São Paulo, na manhã desta quinta-feira, importantes avenidas da cidade já sofreram bloqueios. A Marginal Pinheiros, na Zona Sul, foi interditada parcialmente. A Rodovia Anhanguera, que liga a capital ao interior, chegou a ser fechada, mas neste momento o trânsito já voltou a fluir. Na madrugada, metroviários fizeram ato pelo Centro carregando tochas, mas voltaram ao trabalho normalmente.
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