Imposto de renda
Segundo a investigação, há cinco mil declarações suspeitas; prejuízo causado pelo esquema pode superar R$ 100 milhões
Os sete suspeitos de participar da quadrilha ficarão presos pelo prazo de cinco dias (Fabio Carvalho/Dhoje Interior)
A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, começou nesta quinta-feira uma operação que tenta desarticular uma quadrilha que está fraudando declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). A PF já efetuou quatro prisões e sete mandados de busca e apreensão. Um dos detidos é um auditor fiscal da própria Receita, que monitorava as declarações fraudulentas e evitava que elas fossem fiscalizadas.
Os suspeitos de participar da quadrilha estão presos temporariamente, pelo prazo de cinco dias, na sede da PF na capital paulista. A ação, batizada de Operação Publicano, conta com 28 policiais federais e 12 servidores da Receita Federal.
Na casa do auditor preso, a polícia encontrou 350 mil reais, em dinheiro e cheques. O servidor deve responder por crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação foi motivada após a Receita Federal constatar irregularidades nas declarações de diversos contribuintes, entregues entre 2010 e 2012. Segundo a investigação, há cerca de cinco mil declarações suspeitas. A Receita Federal estima que o prejuízo ao Fisco supere 100 milhões de reais.
O esquema envolvia contadores que encaminhavam declarações de contribuintes, em sua maioria profissionais liberais, como médicos, dentistas e advogados, com valores indevidos de deduções e despesas médicas e odontológicas, para recolher impostos a menos ou receber restituições indevidas.
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