Europa
Em mensagem enviada a participantes do Fórum Econômico Mundial, pontífice cobra ações de combate à desigualdade
Músicos se apresentam em cerimônia no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Denis Balibouse/Reuters)
O papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, defendendo o combate à desigualdade. Ele pediu aos líderes que adotem uma nova “mentalidade política e de negócios” e coloquem seus conhecimentos para trabalhar em benefício daqueles que vivem na “terrível pobreza”. “Eu peço a vocês que assegurem que a humanidade seja servida pelo dinheiro e não governada por ele”.
O principal evento econômico do mundo começou nesta terça-feira tendo a desigualdade como um dos temas que dominam a agenda de debates. O pontífice cobrou ações nesta área e disse que promover a igualdade exige “algo mais do que o crescimento econômico, apesar de pressupor isso”. “Exige decisões, mecanismos e processos direcionados a uma melhor distribuição de riqueza, criação de fontes de emprego e promoção integral dos pobres, o que vai além da simples mentalidade do bem-estar”.
Na mensagem, lida pelo cardeal Peter Turkson, o papa ressaltou que as áreas política e econômica têm mais responsabilidade em promover o bem comum. Esta preocupação deveria estar sempre presente nas decisões tomadas nas duas esferas, mas, às vezes, “parece ser pouco mais que uma reflexão deixada para depois”, pontuou. “Os que trabalham nesses setores têm uma responsabilidade específica em relação aos outros, particularmente em relação aos mais frágeis, fracos e vulneráveis”.
O papa considerou “intolerável” que milhares de pessoas ainda morram diariamente de fome, diante do fato de que quantidades substanciais de comida são desperdiçadas.
Francisco também defendeu os refugiados, lembrando que eles buscam “condições minimamente dignas de vida”, mas não encontram hospitalidade, e ainda “perecem ao ir de um lugar para outro”.
A menção aos refugiados ocorre em uma semana que tem o conflito na Síria como um dos grandes temas, com a expectativa da realização da conferência de paz em Montreux, na Suíça, a partir desta quarta-feira. A guerra civil no país já deixou milhares de refugiados no país.
(Com Estadão Conteúdo)
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