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Usuário assiste, na projeção feita na lente dos óculos conectados, à imagem captada pelo Glass de seu parceiro — e vice-versa
(Thinkstock)
Em julho de 2013, um vídeo publicado no YouTube tentava prever de que forma o Google Glass, óculos conectados do Google, poderia ser usado em filmes adultos. A estrela do vídeo futurista era James Deen, astro pornô queridinho em Hollywood que filmou com Lindsay Lohan. A realidade foi mais criativa. Sherif Maktabi, estudante de design de Londres, desenvolveu durante um hackathon (maratona de programadores) o app Sex with Glass, que permite aos usuários fazer a transmissão em tempo real das imagens captadas pelos óculos do Google durante suas atividades — sim, o foco são as relações sexuais.
O objetivo do app, assim, é permitir que o usuário veja o que seu parceiro vê. Ou seja, uma pessoa assiste, na projeção feita na lente dos óculos conectados, ao vídeo captado pelo Glass de seu parceiro — e vice-versa. É uma opção ainda para pessoas que estão distantes.
Para iniciar o app, basta dar o comando de voz: "OK glass, it’s time". A transmissão começa. Um "OK glass, pull out" encerra o streaming de vídeo. "Algumas pessoas acharam a ideia repulsiva, mas muitos outros usuários demonstraram interesse no aplicativo. E falo isso com base nos e-mails que recebemos", disse Maktabi em entrevista ao jornal britânico The Guardian.
O aplicativo, que será disponibilizado no lançamento comercial do Google Glass, previsto para este ano, oferece recurso para gravar um vídeo com o conteúdo transmitido durante o "evento". Para assegurar a privacidade dos usuários e dificultar o compartilhamento não autorizado do material, os vídeos se autodestroem no prazo de cinco horas.
O Google já bloqueou outros aplicativos eróticos e proibiu por meio das políticas de uso do Glass a disponibilização de conteúdos envolvendo sexo explícito. O estudante britânico, contudo, não parece estar preocupado com as restrições da empresa. "Pessoas no Google sabem do Sex with Glass e realmente gostaram da ideia. Não sei ainda qual será a posição da empresa em relação ao nosso projeto."
Para quem vive em uma casa conectada à internet, com interruptores automatizados, por exemplo, o aplicativo vai trazer recursos para o controle das luzes. Ele também oferecerá uma ferramenta para a reprodução de músicas e uma seção de dicas inspiradas no Kama Sutra.
Desde o hackathon, quando o programa começou a ganhar forma, a equipe por trás do app cresceu. Sabba Keynejad e Satara Achilles, alunos do curso de design gráfico da mesma universidade, se juntaram a Maktabi para trabalhar em uma versão do programa para iPhone. O objetivo dos garotos é disponibilizar o aplicativo na App Store em fevereiro.
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