Natureza
Pesquisa comprovou que a formação em 'V', característica do voo de animais como gaivotas e patos, é o mecanismo perfeito para poupar esforço
Pássaros íbis (Geronticus eremita) voando em conjunto - Markus Unsöld/Nature
Íbis (Geronticus eremita) - Markus Unsöld
Os pesquisadores da Universidade de Londres usaram ultraleves para ensinar as aves a voar em conjunto - Markus Unsöld/Nature
Íbis (Geronticus eremita) seguindo o ultraleve dos pesquisadores - Nature Video
Ibis (Geronticus eremita), ave que revelou aos pesquisadores o porquê do voo em 'V' - Nature Video
Íbis (Geronticus eremita) voando em conjunto - Nature Video
Uma equipe de cientistas desvendou o segredo do voo dos pássaros em conjunto. No estudo, publicado na revista Nature na última quinta-feira, os pesquisadores liderados pelo Royal Veterinary College, da Universidade de Londres, mostram como a formação em "V" característica de aves migratórias é a estratégia ideal para poupar energia.
Para comprovar que o voo das aves é feito com sincronia, precisão e eficácia, a equipe desenvolveu sensores especiais para captar a velocidade, direção e batida das asas de catorze íbis criados em cativeiro no zoológico de Viena, na Áustria. Em ultraleves, alguns dos pesquisadores ensinaram aos pássaros a voar em conjunto e seguiram com eles em uma rota migratória da Áustria à Itália.
Com os dados recebidos pelos sensores acoplados às aves durante o voo, foi possível analisar como os pássaros posicionam-se no ar em pontos específicos que favorecem o menor esforço. A ave de trás aproveita o movimento ondulatório do ar provocado pelas asas da ave da frente. Ou seja, o primeiro pássaro faz a maior parte do esforço do bando – e é por isso que os pássaros se revezam em quem toma a dianteira do voo. As asas entram em sincronia para que o bando possa voar usando o menor esforço possível. Isso seria importante para longos voos, como as migrações.
"Os complicados mecanismos envolvidos no voo de formação em ‘V’ indicam que as aves têm conhecimentos e habilidades notáveis para responder às trajetórias feitas pelas asas à frente", afirmou Steve Portugal, pesquisador do Royal Veterinary College.
Nenhum comentário:
Postar um comentário