sexta-feira 13 2013

Que gracinha, OAB! Ou: O Partido do Reinaldão e Seus Leitores


Agora alguns representantes da OAB, defensores da tese absurda que já conta com a adesão de quatro ministros do STF, dizem que, no caso de financiamento público de campanha (alternativa que restará), a entidade pretende que o dinheiro seja fraternalmente dividido entre os partidos…
Ah, que bacana! Sem dúvida, é o que vai acontecer, não é mesmo?
Assim, o PCO e o PSTU, que não têm parlamentares eleitos, dividiriam fraternalmente a grana com PT, PMDB, PSDB… Qual é a chance de isso só acontecer? Só se a questão for parar de novo no tapetão, e o Supremo bater o chicote.
É bem verdade que, a prevalecer a retórica igualitarista dos ministros, é o que deveria acontecer, de modo que criar um partido passe a ser um negócio ainda mais rentável do que é hoje. Com ou sem voto, os bacanas já têm acesso a verbas do fundo partidário, a horário na TV etc. Há gente por aí cuja profissão é ser presidente de partido. Nada mais.
Se prevalecer essa tese, eu os convido desde já a assinar a ficha do “Partido do Reinaldão e Seus Leitores”: PRSL. A gente consegue 400 mil assinaturas com os pés nas costas. Se precisar, usa até as mãos… Teremos o capilé do Fundo Partidário e, a cada dois anos, levaremos o do Fundo Eleitoral — sem contar o tempo de TV.
E vamos usar a grana pra quê? Para espalhar boas ideias Brasil afora. Se sobrar algum no fim do ano, a gente faz até um jantar dançante…
A OAB deveria tomar cuidado para não perder também o senso de ridículo.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/que-gracinha-oab-ou-o-partido-do-reinaldao-e-seus-leitores/

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