Câncer
Segundo a organização, além de doenças como as cardíacas e respiratórias, a exposição ao ar poluído aumenta o risco de câncer de pulmão e de bexiga
Imagem mostra poluição do ar na capital chinesa, que está muito acima do aceitável segundo a Organização Mundial da Saúde (Jason Lee/Reuters)
A poluição do ar passou a ser classificada como fator cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS), informou a entidade nesta quinta-feira. Segundo a organização, a poluição está relacionada principalmente ao câncer de pulmão, mas também há provas de que eleva o risco de câncer na bexiga. “O ar que respiramos se tornou poluído pela mistura de substâncias causadores de câncer. Nós sabemos que a poluição do ar não somente é um grande fator de risco para a saúde em geral, mas também a principal causa ambiental de mortes por câncer”, disse Kurt Straif, chefe da seção da OMS responsável pela classificação dos cancerígenos.
A OMS rotulou a poluição atmosférica como um dos cancerígenos do grupo 1, que engloba as principais substâncias que representam um risco para a doença, como fumaça do tabaco e radiação ultravioleta. Embora os níveis de poluição possam variar de um país para o outro, a OMS considera que a nova classificação vale para todas as regiões do mundo.
Avaliação — A decisão da OMS de classificar a poluição como fator cancerígeno foi tomada após a revisão de uma série de dados sobre o assunto. “Nossa tarefa foi avaliar o ar que todo mundo respira, e não focar somente em poluentes específicos. Os resultados dos estudos revisados apontam para a mesma direção: o risco de desenvolver câncer de pulmão é significativamente aumentado com a exposição à poluição”, disse Dana Loomis, vice-chefe da seção.
De acordo com a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC, sigla em inglês), que faz parte da OMS, a poluição causou 223.000 mortes por câncer de pulmão em todo o mundo em 2010. “Há maneiras eficazes de reduzir a poluição do ar, e esse relatório deve enviar um forte sinal à comunidade internacional para que medidas sejam tomadas”, diz Christopher Wild, diretor da IARC.
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