quinta-feira 31 2013

As 12 substâncias químicas que causam mais problemas hormonais

Meio ambiente

Cientistas listaram compostos aos quais somos expostos no dia-a-dia que podem interferir no sistema endócrino e levar a problemas como os de fertilidade

Hormônios: Certas substâncias químicas, naturais ou sintéticas, são capazes de afetar diretamente o sistema endócrino. Alimentos, águas e objetos comuns podem conter esses compostos
Hormônios: Certas substâncias químicas, naturais ou sintéticas, são capazes de afetar diretamente o sistema endócrino. Alimentos, águas e objetos comuns podem conter esses compostos (Thinkstock)
Uma organização americana dedicada a estudar os efeitos ambientais sobre a saúde das pessoas e animais divulgou nesta semana uma lista com as substâncias químicas que mais causam danos ao corpo por provocar alterações hormonais. Esses compostos são os chamados desreguladores endócrinos — uma vez em contato com o organismo, eles imitam a ação de hormônios naturais, alterando a ação ou a quantidade deles no corpo.
“Nós estamos rotineiramente expostos a esses desreguladores endócrinos, e isso tem um potencial de prejudicar de forma significativa a saúde dos jovens. É importante fazermos o que estiver ao nosso alcance para evitá-los”, diz Renee Sharp, diretor de pesquisa do Environmental Working Group (EWG), que elaborou a lista.
Para fazer a lista, os pesquisadores do EWG reuniram uma série de artigos científicos sobre os efeitos dessas substâncias na saúde das pessoas. Segundo os especialistas do grupo, os desreguladores endócrinos podem ser muitas vezes encontrados em alimentos, água, embalagens e produtos de consumo, como os de limpeza e cosméticos. A exposição a esses compostos já foi associada a diversos problemas, entre eles danos à fertilidade e à cognição, e um maior risco de câncer.
Entre os itens da lista do EWG, está o bisfenol A (BPA), um composto químico presente principalmente em alguns objetos de plástico e latas de alumínio. A substância vem sendo alvo de uma série de pesquisas científicas, que já encontraram uma relação entre o BPA e problemas de fertilidade, obesidade, câncer, entre outras condições. Estudos como esses fizeram com que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibisse, em setembro de 2011, a comercialização de mamadeiras com a presença do composto. 

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