Saúde pública
Entidades médicas planejam novas paralisações nos dias 30 e 31 de julho
Médicos realizam protesto em Curitiba contra o Programa Mais Médicos e os vetos ao projeto de lei que regulamenta a medicina, conhecido como Ato Médico (Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Futurapress)
Médicos de 16 estados brasileiros participaram nesta terça-feira de protestos e paralisações contra o programa Mais Médicos e os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei do Ato Médico. A manifestação envolveu a paralisação do atendimento de hospitais da rede pública e privada em alguns estados, com a manutenção dos atendimentos de urgência e emergência, além de atos e passeatas. Segundo a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), os estados que aderiram ao protesto foram Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe.
A Fenam afirma que todos os estados relatam um alto índice de adesão à paralisação e prevê novas paralisações para os dias 30 e 31 de julho. Nesta ocasião é esperada uma participação ainda maior. A organização afirma que, caso não haja avanço nas negociações, pode decretar greve por tempo indeterminado, a partir do dia 10 agosto.
São Paulo – O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) optou por não fazer uma paralisação, mas sim uma manifestação, que ocorreu nesta terça-feira, na Avenida Liberdade. De acordo com o sindicato, cerca de 20 pessoas compareceram ao local - a maioria representantes de entidades médicas. A baixa adesão foi atribuída ao fato de que a reunião do Ministério da Saúde durante a qual deveria ocorrer a manifestação terminou às 14h, enquanto o protesto estava marcado para as 16h. Um novo protesto foi marcado para o dia 31 de julho, quando são esperados 5.000 médicos na região da Avenida Paulista.
Reivindicações – Os profissionais protestam principalmente contra dois pontos do programa Mais Médicos do governo federal: a dispensa do Revalida, teste de avaliação para validar diplomas de médicos estrangeiros, e a obrigatoriedade de recém-formados trabalharem dois anos na saúde pública após concluírem os seis anos do curso de Medicina.
Outro fato que motiva os protestos são os vetos ao Ato Médico, projeto de lei que restringe aos médicos procedimentos como prescrição de medicamentos, diagnóstico de doença e aplicação de anestesia geral. A proposta, que tramitou por 11 anos no Congresso, foi aprovada pela presidente na última quinta-feira, com dez vetos.
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