Número de trocas, risco de alergia e doenças na região íntima variam para cada tipo
POR CAROLINA GONÇALVES
Muitas mulheres enfrentam
o mesmo problema ao se depararem com as prateleiras de farmácias e
supermercados: qual absorvente escolher? Como se já não bastassem as diferentes
marcas e promessas das embalagens, ainda é preciso optar pela versão externa ou
interna para absorver o fluxo menstrual. Embora ainda exista muito preconceito
com o uso do absorvente interno, ele é uma opção
segura e às vezes até mais recomendada para a mulher, dependendo da situação -
assim como o absorvente externo pode apresentar riscos que as mulheres
desconhecem. Confira o que as especialistas dizem sobre os dois produtos e
escolha o que mais se encaixa em suas necessidades:
Riscos de alergia
Absorvente interno: eles oferecem um risco menor de alergias, pois não ficam em contato com a vulva e nem causam abafamento da região. "Além disso, os absorventes internos não possuem perfumes e as fórmulas 'sempre seca', que com frequência causam irritação", afirma a ginecologista Sueli Raposo, do laboratório Exame, em Brasília.
Absorvente externo: Os absorventes externos causam mais irritação pelo contato com a vulva. "As versões com cobertura plástica são as que mais ameaçam a região, pois causam um abafamento maior", explica a ginecologista Flávia Fairbanks, de São Paulo. "A falta de higiene também pode ser uma das causas de alergias na área íntima e coceira vaginal, assim como calças apertadas ou uma depilação pouco cuidadosa."
Absorvente externo: Os absorventes externos causam mais irritação pelo contato com a vulva. "As versões com cobertura plástica são as que mais ameaçam a região, pois causam um abafamento maior", explica a ginecologista Flávia Fairbanks, de São Paulo. "A falta de higiene também pode ser uma das causas de alergias na área íntima e coceira vaginal, assim como calças apertadas ou uma depilação pouco cuidadosa."
Tempo de troca
Absorvente interno: a versão interna do absorvente deve ser trocada a cada quatro ou cinco horas. "A troca evita que as bactérias se proliferem no local, se ficar mais tempo do que seis horas, pode vazar", explica a ginecologista Flávia. De acordo com a especialista, ele pode ficar sem troca por até seis ou oito horas, mas o risco de vazamentos e infecções aumenta nesse período, não sendo recomendado.
Absorvente externo: já o absorvente externo pode ser trocado com menos frequência dependendo do fluxo. Os especialistas afirmam que não existe um horário fixo para a sua troca, mas que é sensato fazê-lo de quatro em quatro horas, para evitar o abafamento e concentração de bactérias. "Ficar muito tempo com o absorvente externo pode causar odores e vazamentos", lembra Flávia.
Absorvente externo: já o absorvente externo pode ser trocado com menos frequência dependendo do fluxo. Os especialistas afirmam que não existe um horário fixo para a sua troca, mas que é sensato fazê-lo de quatro em quatro horas, para evitar o abafamento e concentração de bactérias. "Ficar muito tempo com o absorvente externo pode causar odores e vazamentos", lembra Flávia.
Fluxo intenso
Absorvente interno: ele não é o mais indicado para mulheres que tem o fluxo menstrual mais intenso, uma vez que precisa ser trocado mais vezes e, por reter o fluxo menstrual na vagina, permite uma maior proliferação bacteriana. "Além disso, o absorvente interno está mais sujeito a vazamentos, fator que pode deixar a mulher insegura", diz a ginecologista Flávia.
Absorvente externo: as versões com abas são mais seguras contra vazamentos. "O absorvente noturno é muito indicado para a mulher que tem fluxo intenso, por ser maior e mais largo", afirma Flávia. A ginecologista Sueli completa dizendo que as mulheres podem até usar o interno e externo ao mesmo tempo em algumas ocasiões, vai depender de cada pessoa. "Mas se o fluxo é muito intenso, seria prudente consultar um ginecologista para verificar o porquê e se há algum tratamento."
Absorvente externo: as versões com abas são mais seguras contra vazamentos. "O absorvente noturno é muito indicado para a mulher que tem fluxo intenso, por ser maior e mais largo", afirma Flávia. A ginecologista Sueli completa dizendo que as mulheres podem até usar o interno e externo ao mesmo tempo em algumas ocasiões, vai depender de cada pessoa. "Mas se o fluxo é muito intenso, seria prudente consultar um ginecologista para verificar o porquê e se há algum tratamento."
Uso noturno
Absorvente interno: pelo fato de o absorvente interno precisar ser trocado a cada quatro horas, ele não é o mais indicado para o uso noturno. "Passar uma noite inteira com um único absorvente interno é arriscado e pode favorecer infecções", alerta a ginecologista Sueli. O absorvente interno pode até ser usado por mais tempo - de seis a oito horas - mas esse não é o tempo ideal para a troca.
Absorvente externo: pelo fato da troca ser mais tardia, o absorvente externo é o mais indicado para dormir. "A versão noturna é a ideal, pois é feita especialmente para isso", lembra a ginecologista.
Absorvente externo: pelo fato da troca ser mais tardia, o absorvente externo é o mais indicado para dormir. "A versão noturna é a ideal, pois é feita especialmente para isso", lembra a ginecologista.
Odores
Absorvente interno: com o absorvente interno, o fluxo fica retido logo na saída do útero e não entra em contato com o ar, fator que inibe a produção de odores. "Mas é importante lembrar que o odor nunca deve ser muito forte, independente do absorvente, caso contrário deve ser consultado um médico", alerta a ginecologista Sueli.
Absorvente externo: "Os odores são mais intensos com o uso do absorvente externo, pois há o contato do sangue menstrual com a pele e o ar", explica a ginecologista Flávia. No entanto, uma boa higienização com água e sabonete íntimo e a troca frequente ajudam a minimizar os odores, desde que eles não sejam resultado de uma infecção ou outras doenças.
Absorvente externo: "Os odores são mais intensos com o uso do absorvente externo, pois há o contato do sangue menstrual com a pele e o ar", explica a ginecologista Flávia. No entanto, uma boa higienização com água e sabonete íntimo e a troca frequente ajudam a minimizar os odores, desde que eles não sejam resultado de uma infecção ou outras doenças.
Alterações na flora vaginal
Absorvente interno: por se localizar na parte interna da vagina, o absorvente interno absorve o fluxo menstrual e também as mucosas vaginais. "Isso cria um meio de interação com a área, podendo alterar o pH vaginal e favorecer infecções", afirma a ginecologista Andréa Scherer de Sá, do MDX Medical Center, no Rio de Janeiro.
Absorvente externo: a versão externa também tem função absorvente, e por conta disso há também a possibilidade de interação e alteração do pH vaginal, mas as chances de isso acontecer são menores que com a versão interna. "O absorvente externo favorece as infecções e alergias vulvares a partir do momento em que deixa a área muito abafada ou contém químicos que favoreçam uma irritação", explica a ginecologista Flávia.
Absorvente externo: a versão externa também tem função absorvente, e por conta disso há também a possibilidade de interação e alteração do pH vaginal, mas as chances de isso acontecer são menores que com a versão interna. "O absorvente externo favorece as infecções e alergias vulvares a partir do momento em que deixa a área muito abafada ou contém químicos que favoreçam uma irritação", explica a ginecologista Flávia.
Risco de doenças
Absorvente interno: se feita a higiene e as trocas no tempo correto, o absorvente interno não traz grandes riscos para a saúde da mulher. "Ele não abafa a região, evitando que ela fique suscetível a dermatites e corrimentos", diz a ginecologista Sueli.
Absorvente externo: eles favorecem a concentração de umidade e calor na região íntima, que são condições ideais para o desenvolvimento e proliferação de fungos e bactérias. Isso poderia favorecer o surgimento de infecções ou doenças como candidíase, alergia e contaminações que podem ocorrer caso bactérias do ar ou mesmo da região anal se proliferem no absorvente. "Entretanto, se as trocas forem feitas regularmente e a mulher manter a higiene íntima corretamente, os riscos também são pequenos", afirma a ginecologista Flávia. O mesmo raciocínio serve para os absorventes de uso diário, que devem ser evitados justamente por manterem a área íntima em constante abafamento.
Absorvente externo: eles favorecem a concentração de umidade e calor na região íntima, que são condições ideais para o desenvolvimento e proliferação de fungos e bactérias. Isso poderia favorecer o surgimento de infecções ou doenças como candidíase, alergia e contaminações que podem ocorrer caso bactérias do ar ou mesmo da região anal se proliferem no absorvente. "Entretanto, se as trocas forem feitas regularmente e a mulher manter a higiene íntima corretamente, os riscos também são pequenos", afirma a ginecologista Flávia. O mesmo raciocínio serve para os absorventes de uso diário, que devem ser evitados justamente por manterem a área íntima em constante abafamento.
Doenças pré-existentes
Pessoas que estão com alguma alergia ou infecção na área íntima, como a candidíase, devem procurar um ginecologista para o tratamento da doença e acompanhamento adequando. "Após avaliar o quadro da pacientes, o médico indicará qual o absorvente mais indicado caso a caso, ou mesmo se é recomendado interromper a menstruação", explica a ginecologista Flávia. Por isso, não é possível afirmar qual absorvente é melhor ou pior para situações em que a mulher já apresenta alguma doença vaginal.
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