Paleontologia
Fragmentos do animal, que media 1,65 metro de comprimento, serão guardados na Universidade Federal do Acre
Segundo os pesquisadores, jabuti gigante pode ser o ancestral de animais que hoje habitam as Ilhas Galápagos, no Oceano Pacífico (Allen Ferraz/Assessoria Ufac)
Pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) apresentaram nesta terça-feira um novo fóssil de sua coleção: um jabuti gigante, medindo aproximadamente 1,65 metro de comprimento, 90 centímetros de largura de carapaça e um metro de altura. O gigantesco animal, pertencente ao gênero Chelonoidis, viveu na região da Amazônia há cerca de oito milhões de anos.
Seus fragmentos fósseis foram coletados em 1995, no Alto Rio Acre, no município de Assis Brasil, e montados durante os últimos anos. "Possivelmente, esses jabutis gigantes, cujo habitat foi a América do Sul, tenham sido os ancestrais diretos dos animais também de grandes dimensões, mas não tanto, que hoje são encontrados apenas nas Ilhas Galápagos", disse Edson Guilherme, doutor em Zoologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e membro da equipe que remontou o jabuti.
O fóssil, apresentado durante as comemorações dos 30 anos de atividade do Laboratório de Pesquisas Paleontológicas (LPP) da Ufac, não foi encontrado completo, e teve de ser montado com a ajuda de elementos artificiais que representam as patas e a cabeça do jabuti. "Esta descoberta é muito importante, porque nos ajuda a entender como era a vida na região amazônica no passado e mostra, de certa forma, que foram da América do Sul que saíram os primeiros jabutis gigantes que colonizaram as ilhas remotas do Oceano Pacífico".
(Com Estadão Conteúdo)
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