A Petrobras afirmou nesta sexta-feira que a contratação de FPSOs (unidade flutuante de armazenamento e transferência)...
A Petrobras afirmou nesta sexta-feira que a contratação de FPSOs (unidade flutuante de armazenamento e transferência) por afretamento é uma alternativa amplamente usada na indústria de petróleo. A companhia reiterou que tem "capacidade financeira para executar todo o seu Plano de Negócios e Gestão, inclusive para todas as unidades (plataformas) ainda não contratadas". E afirmou que serão cumpridas todas as exigências de conteúdo local.
As informações foram dadas à reportagem em resposta ao questionamento em relação ao aumento de contratos de afretamento no exterior, em detrimento de contrato de construção no Brasil. A companhia não informou se há aumento ou não dos contratos por afretamento. Mas afirmou que a opção entre a contratação por afretamento ou a construção de unidade própria depende de aspectos técnicos, comerciais e dos prazos requeridos pelos projetos, "sendo importante observar que desde 2010 a Petrobras vem exigindo que as FPSOs afretadas atendam a requisitos de conteúdo local similares aos praticados para as unidades próprias".
O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval (Sinaval) diz que redução das encomendas já aparece nas estatísticas e gera ociosidade nos estaleiros e corte no contingente de
Trabalhadores. A contratação de construção de navios no Brasil entra como endividamento direto no balanço financeiro da companhia. Cada plataforma flutuante custa cerca de US$ 1,5 bilhão para ser construída. Apenas na área da cessão onerosa, a Petrobrás precisará de mais cinco plataformas - há quatro já contratadas.
No caso de afretamento, uma espécie de aluguel, o custo final para todo o período exploratório pode dobrar para cerca de US$ 3 bilhões, mas não entra como dívida no balanço. A Petrobras está com limites de alavancagem acima do considerado confortável pela própria companhia (2,5 vezes a geração líquida/Ebitda). Nesta sexta-feira, a Petrobras informou que esta zona de conforto só será retomada em 2014.
Caso optasse por contratar todas as plataformas para construção direta no Brasil, a Petrobras poderia extrapolar os limites de alavancagem. No limite, isso levaria a rebaixamento por agências de classificação de risco. "A contratação de FPSOs por afretamento é uma alternativa amplamente utilizada na indústria de petróleo, sendo que, ao longo da sua história, a Petrobras tem utilizado tanto a construção de plataformas próprias como a contratação de plataformas por afretamento como alternativas para os projetos de produção", disse a companhia.
A Petrobras informou que as exigências de conteúdo local não atrapalham a companhia e que os índices que têm sido exigidos são exequíveis. "Não há indicativos de que não serão atingidos pela indústria nacional", informou. Reafirmou ainda que "cumprirá integralmente com o conteúdo local requerido em todas as suas atividades". A petroleira diz que o "plano de negócios da companhia prevê recursos suficientes para a execução dos projetos listados em seu portfólio". "A Petrobras está comprometida em garantir a expansão dos seus negócios com indicadores financeiros sólidos, e possui capacidade financeira para implementar os projetos de E&P no Brasil necessários ao cumprimento da sua meta de produção de 2020", disse, na nota.
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