Diplomacia
Premiê ressaltou que não vai permitir que Teerã consiga armas nucleares e descartou a necessidade de apoio internacional para uma ação militar
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusa o Irã de tentar fabricar bomba atômica (Jack Guez/Reuters)
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a subir o tom contra as pretensões nucleares do Irã e afirmou que Israel está pronto para, se necessário, lançar um ataque às instalações atômicas do país islâmico. Em entrevista para a rede de televisão Channel 2, na noite desta segunda-feira, o premiê disse que se não houver outro jeito de frear a escalada do programa nuclear de Teerã, ele está preparado para "apertar o botão" autorizando a ofensiva.
"Estamos prontos", garantiu, sem deixar de frisar que não está “ansioso para ir à guerra” e prefere resolver a situação mediante pressões diplomáticas. Netanyahu, no entanto, alertou que Teerã prossegue com a intenção de construir armamentos atômicos e ressaltou que é sua responsabilidade defender a existência de Israel. "Enquanto eu for o premiê, o Irã não terá a arma nuclear. Se não houver outra possibilidade, Israel terá que agir."
As fortes declarações de Netanyahu contrastam com a afirmação de seu ministro de Defesa,Ehud Barak, que disse na semana passada que o Irã deu um passo atrás em sua ambição atômica e, por causa disso, a decisão de atacar ou não o país islâmico ficaria para o ano que vem.
Ação unilateral - Na entrevista desta segunda, Netanyahu insinuou que Israel poderia inclusive atacar o Irã sem esperar qualquer aprovação internacional – nem a dos Estados Unidos. “Quando David Ben-Gurion (o primeiro premiê israelense) declarou a fundação do estado de Israel, ele fez isso com a aprovação americana?”, questionou. Apesar do discurso inflamado, Netanyahu lembrou que Barack Obama já reconheceu formalmente o direito de autodefesa de Israel.
O premiê israelense e o presidente americano têm uma relação fria e discordam sobre a forma mais apropriada de lidar com a questão iraniana. Embora Obama afirme que todas as opções são válidas para impedir que Teerã desenvolva uma bomba atômica, ele defende que ainda há tempo para a diplomacia e que, no momento, as sanções econômicas são as melhores armas. Enquanto isso, Netanyahu acredita que o tempo para impedir o Irã está se esgotando e pede que a comunidade internacional dê um ultimato claro – a famosa “linha vermelha” – para que Teerã interrompa seu programa nuclear.
Revelação - Em uma reportagem especial, o canal de televisão israelense também relatou que o ataque contra o Irã quase aconteceu em 2010. Segundo o Channel 2, Netanyahu e seu ministro da Defesa, Ehud Barak, deram a ordem às Forças Armadas para preparar uma ofensiva contra as instalações nucleares de Teerã, mas a missão acabou sendo cancelada diante da oposição dos chefes do Estado-Maior e do Mossad, o serviço secreto de Israel.
(Com agência France-Presse)
"Estamos prontos", garantiu, sem deixar de frisar que não está “ansioso para ir à guerra” e prefere resolver a situação mediante pressões diplomáticas. Netanyahu, no entanto, alertou que Teerã prossegue com a intenção de construir armamentos atômicos e ressaltou que é sua responsabilidade defender a existência de Israel. "Enquanto eu for o premiê, o Irã não terá a arma nuclear. Se não houver outra possibilidade, Israel terá que agir."
As fortes declarações de Netanyahu contrastam com a afirmação de seu ministro de Defesa,Ehud Barak, que disse na semana passada que o Irã deu um passo atrás em sua ambição atômica e, por causa disso, a decisão de atacar ou não o país islâmico ficaria para o ano que vem.
Ação unilateral - Na entrevista desta segunda, Netanyahu insinuou que Israel poderia inclusive atacar o Irã sem esperar qualquer aprovação internacional – nem a dos Estados Unidos. “Quando David Ben-Gurion (o primeiro premiê israelense) declarou a fundação do estado de Israel, ele fez isso com a aprovação americana?”, questionou. Apesar do discurso inflamado, Netanyahu lembrou que Barack Obama já reconheceu formalmente o direito de autodefesa de Israel.
O premiê israelense e o presidente americano têm uma relação fria e discordam sobre a forma mais apropriada de lidar com a questão iraniana. Embora Obama afirme que todas as opções são válidas para impedir que Teerã desenvolva uma bomba atômica, ele defende que ainda há tempo para a diplomacia e que, no momento, as sanções econômicas são as melhores armas. Enquanto isso, Netanyahu acredita que o tempo para impedir o Irã está se esgotando e pede que a comunidade internacional dê um ultimato claro – a famosa “linha vermelha” – para que Teerã interrompa seu programa nuclear.
Revelação - Em uma reportagem especial, o canal de televisão israelense também relatou que o ataque contra o Irã quase aconteceu em 2010. Segundo o Channel 2, Netanyahu e seu ministro da Defesa, Ehud Barak, deram a ordem às Forças Armadas para preparar uma ofensiva contra as instalações nucleares de Teerã, mas a missão acabou sendo cancelada diante da oposição dos chefes do Estado-Maior e do Mossad, o serviço secreto de Israel.
(Com agência France-Presse)
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