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Com alta probabilidade de amargar vários anos atrás das grades em um presídio federal, o banqueiro José Roberto Salgado, defendido pelo mais célebre advogado do mensalão, o ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, apela a fatores como ser “chefe de família e pai devotado” para tentar reduzir ao máximo as penas pelos crimes de evasão de divisas, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e corrupção ativa. A dosimetria das penas, que começa a ser definida hoje pelo plenário do Supremo, é classificada pelo defensor como o momento “verdadeiramente tormentoso” do julgamento.
Na reta final da análise dos crimes inseridos no mensalão, os ministros do STF têm recebido enxurradas de memoriais que recorrem a bons antecedentes para que a fixação das sanções seja, de algum modo, favorável aos 25 condenados pelo escândalo político.
Como se precisasse, Thomaz Bastos, por exemplo, alerta os ministros da mais alta corte do país que “o direito penal não é instrumento de vingança” e classifica seu cliente como “nem mais virtuoso nem menos imperfeito do que o homem comum, mas comprovadamente dedicado ao trabalho lícito, chefe de família e pai devotado, cidadão respeitado e estimado no meio social em que inserido”.
(Laryssa Borges, de Brasília)
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