Comportamento animal
Em experiência feita nos EUA, animal de nove anos resolve problema sem se basear na tentativa e erro, se igualando a humanos, macacos e golfinhos
Elefante de nove anos de idade mostra que pode planejar ações com ferramentas para obter comida (PLoS ONE 6(8): e23251. doi:10.1371/journal.pone.0023251)
Elefantes têm boa memória e um grande senso de relacionamento social. Mas somente agora pesquisadores conseguiram comprovar que eles também são capazes de planejar ações. Em um experimento realizado no Zoológico Nacional de Washington, nos Estados Unidos, pesquisadores flagraram um elefante de nove anos de idade resolvendo problemas. O mais impressionante é que ele fez isso sem se basear na tentativa e erro.
Pesquisadores acreditam que elefante não usa varas para alcançar frutas porque possui tromba para essa função
Até agora, a intuição – a habilidade de perceber algo que não se pode verificar ou que ainda não aconteceu – parece ser limitada na natureza. Apenas humanos, macacos e golfinhos demonstraram imaginar soluções para problemas, o que lhes confere um status superior na classificação de 'inteligência animal'.
A demora em reconhecer a inteligência superior dos elefantes pode ter sido causada por experiências mal formuladas no passado. Pesquisadores podem ter se enganado um pouco na maneira de interpretar as estratégias alheias. Na primeira situação criada para avaliar o desempenho de elefantes, por exemplo, realizada anteriormente por outros pesquisadores, a equipe deixou varas de bambu no chão para que um elefante pudesse se equipar para alcançar frutas nas árvores. O animal não fez nenhuma tentativa.
No segundo experimento, a equipe deixou frutas à vista, mas fora do alcance (como antes). Um cubo foi deixado no chão no lugar das varas. Depois de examinar a situação durante cerca de vinte minutos, o elefante se aproximou do cubo, fez o objeto rolar e prontamente pisou sobre ele para ficar mais alto e alcançar a fruta. Nos dias seguintes, ele usou a mesma estratégia rapidamente.
A equipe acredita que o primeiro teste provavelmente não teve êxito em demonstrar o mesmo tipo de 'sacada' porque o elefante usa a tromba como vara (a ferramenta poderia, em outras palavras, incapacita-lo de perceber a fruta). Um artigo sobre o trabalho foi publicado no periódico científico especializado PLoSOne.
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