Espaço
Liu Yang foi designada para missão por maior habilidade para lidar com solidão
Liu Yang ao ser apresentada pelo governo chinês, nesta sexta (AFP)
A China anunciou nesta sexta-feira que enviará ao espaço neste sábado sua primeira mulher astronauta, Liu Yang. Ela viajará acompanhada de dois homens na nave Shenzhou IX. A expectativa do governo do país é que Yang melhore a eficiência do trabalho da tripulação. "De maneira geral, as astronautas mulheres têm mais estabilidade psicológica e maior habilidade para lidar com a solidão", afirmou o porta-voz de Yang, Wu Ping.
A astronauta chinesa junta-se, agora, ao grupo de 50 mulheres que já viajaram ao espaço desde que a russa Valentina Tereshkova se tornou a primeira cosmonauta em 1963, dois anos depois da histórica viagem de Yuri Gagarin. A designação de Yang foi anunciada após um longo processo de seleção que deu preferência a mulheres casadas e com filhos, já que o voo espacial e a possível exposição à radiação podem causar infertilidade. A escolhida, porém, não se encaixa na descrição.
Além disso, com esta missão, a China realizará o primeiro acoplamento de uma nave tripulada ao módulo chinês Tiangong I, lançado em setembro e criado para hospedar os tripulantes e servir de base para os experimentos científicos que desenvolverão durante dez dias.
Os astronautas Jing Haipeng, Liu Wang e Liu Yang embarcarão às 7h37 de sábado (horário de Brasília) na Shenzhou IX, que será propulsada ao espaço por um foguete desde o Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no deserto noroeste da China. O lançamento foi anunciado em fevereiro, mas na ocasião foi informado que seria uma nave não tripulada com animais e sementes a bordo para realizar experimentos em condições de gravidade zero e radiação.
Este será a quarta viagem tripulada da China depois das realizados em 2003 e 2005, e do passeio espacial de 2008. Segundo dados oficiais chineses, a China se situa no segundo posto no número de lançamentos depois da Rússia, embora os analistas considerem que o país asiático tem atualmente o nível tecnológico de Estados Unidos e União Soviética na década de 1960.
(Com agência EFE)
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