domingo 24 2012

Novo presidente paraguaio tenta se aproximar do Brasil



Na VEJA Online:
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, falou à imprensa neste sábado, na sede do governo paraguaio, um dia depois de assumir o posto devido ao impeachment de Fernando Lugo. Ele revelou a intenção de se aproximar das nações vizinhas para que seu governo seja reconhecido. Sobre o Brasil especificamente, prometeu respeitar os contratos relativos à usina hidrelétrica binacional de Itaipu e tratamento preferencial aos brasileiros que vivem no Paraguai.
“A monumental Itaipu é a mostra mais clara de amizada entre nossos povos. Vamos cumprir todos os compromissos internacionais. Assumiremos dúvidas e trataremos de ainda mais os laços de união entre os povos latino-americanos, em particular entre Brasil e Paraguai”, disse. E emendou, sobre a questão dos brasileiros que vivem na nação vizinha. “Paraguai e Brasil devem ter uma relação harmônica. Os cidadãos brasileiros radicados no país, como sempre, terão trato preferencial”, disse. Questionado sobre a possibilidade de o Brasil aplicar sanções comerciais ao Paraguai, Franco mostrou tranquilidade. “Não há por que forçar uma situação. Os mais afetados seriam os próprios empresários brasileiros.”
O novo mandatário incumbiu seu novo ministro de Relações Exteriores, José José Félix Fernández Estigarribia, de fazer contato com as nações da região para explicar a situação do país. “Ele mostrará não apenas com palavras, mas também com fatos, nossa vocação democrática a favor do respeito ao estado de direito e à liberdade”, disse Franco. Ele prometeu anunciar nomes que irão compor seu gabinete na próxima segunda-feira.
Kirchner, Chávez…Em seu segundo dia de governo, Franco voltou a negar que sua ascensão à Presidência tenha se dado por meio de um golpe de estado. Apesar disso, ele reconheceu que a transição política ocorreu “um pouquinho rápido”. “Aqui, não há militares nas ruas. Até a Igreja, de forma unânime, apoiou minha posse, assim como os partidos políticos”, disse o novo governante.
Ele lembrou ainda que que o processo de impeachment de Lugo, iniciado na Câmara e encerrada no Senado, teve adesão maciça do Congresso. “Estou tranquilo. Vamos organizar a casa e entrar em contato com os países vizinhos no momento oportuno. Tenho certeza de que compreenderão a situação”, disse.
Franco também comentou o fato de a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) não reconhecer o novo governo paraguaio. Disse que só irá se pronunciar formalmente a respeito quando for oficialmente comunicado sobre a posição do órgão internacional. “Somos um país soberano e livre, e os companheiros da Unasul entenderão a situação”, disse.
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Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

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