Proteção solar
Fabricantes deverão passar por testes específicos antes de indicarem que produto é resistente à água
Protetor solar: fabricantes terão dois anos para se adequar às novas regras da Anvisa (ThinkStock)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta segunda-feira, as novas regras para fabricantes de protetores solares. Entre as mudanças, está o aumento do Fator de Proteção Solar (FPS) mínimo de dois para seis. Os fabricantes têm dois anos para se adequarem às normas. As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e seguem os parâmetros adotados por todos os países do Mercosul.
Opinião do especialista
Lucia Mandel
Dermatologista e colunista do site de VEJA
Dermatologista e colunista do site de VEJA
O aumento do valor mínimo do fator de proteção solar (FPS) de 2 para 6 é um passo positivo dado pela Anvisa. O ideal, no entanto, seria que o FPS mínimo fosse de 15, não 6.
Em relação à proteção UVA, a medida tomada é muito importante. O UVA também é prejudicial à saúde da pele e está vinculado ao aparecimento de câncer. Antes, o FPS contra o UVA, que deve ser de, no mínimo, 1/3 da proteção contra o UVB, não vinha expresso no rótulo. O consumidor não tinha muito como saber se essa proteção existia ou se era o suficiente.
Em relação à proteção UVA, a medida tomada é muito importante. O UVA também é prejudicial à saúde da pele e está vinculado ao aparecimento de câncer. Antes, o FPS contra o UVA, que deve ser de, no mínimo, 1/3 da proteção contra o UVB, não vinha expresso no rótulo. O consumidor não tinha muito como saber se essa proteção existia ou se era o suficiente.
A Resolução RDC 30/12 também aumenta a quantidade de testes exigidos para confirmar a eficácia do protetor solar. Produtos cujo rótulo indica que são resistentes à água deverão passar por testes específicos que comprovem essa propriedade. Caso os resultados confirmem a eficácia, os fabricantes terão que utilizar classificações como "resistente à água", "muito resistente à água", "resistente à água/suor" ou "resistente à água/transpiração". A Anvisa também definiu que todos os produtos deverão incluir a necessidade de reaplicação do protetor nas informações obrigatórias do rótulo.
A medida ainda prevê que a proteção contra raios UVA, um dos tipos de raio ultravioleta, seja de, no mínimo, um terço do FPS declarado no rótulo — o qual mede somente a proteção contra raios UVB, outra categoria de radiação ultravioleta. Segundo a Anvisa, agora existirá um teste específico para comprovar a proteção contra raios UVA, que até então não existia. A medida também proibiu que os fabricantes aleguem, nas embalagens, 100% de proteção contra radiação solar.
Saiba mais
RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA (UV)
A exposição desprotegida à radiação ultravioleta pode causar problemas como vermelhidão, queimaduras, envelhecimento cutâneo e câncer de pele. A radiação UV é classificada como raios ultravioletas A (UVA), B (UVB) ou C (UVC) — mas este último não chega a atingir a Terra. Os raios UVB são mais fortes do que os raios UVA e provocam efeitos imediatos na pele, principalmente vermelhidão e queimaduras. Já os efeitos da exposição aos raios UVA são cumulativos e podem provocar rugas, manchas na pele e câncer de pele. O FPS de um protetor solar indica proteção somente contra raios UVB.
A exposição desprotegida à radiação ultravioleta pode causar problemas como vermelhidão, queimaduras, envelhecimento cutâneo e câncer de pele. A radiação UV é classificada como raios ultravioletas A (UVA), B (UVB) ou C (UVC) — mas este último não chega a atingir a Terra. Os raios UVB são mais fortes do que os raios UVA e provocam efeitos imediatos na pele, principalmente vermelhidão e queimaduras. Já os efeitos da exposição aos raios UVA são cumulativos e podem provocar rugas, manchas na pele e câncer de pele. O FPS de um protetor solar indica proteção somente contra raios UVB.
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