Por Vera Rosa, Tânia Monteiro e Rafale Moraes Moura, no Estadão:
Mesmo depois de escancaradas suas diferenças com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à conveniência da CPI do Cachoeira e à escolha do relator da comissão, a presidente Dilma Rousseff negou ontem que tenha divergências com o padrinho político. Ao lado de Lula, que desembarcou ontem em Brasília para conversar com a herdeira em meio ao tiroteio da CPI, Dilma procurou encerrar o assunto.
”Não tem diferença entre nós. Nunca vai ter”, disse a presidente, em tom taxativo. Bem-humorado, Lula afirmara, antes, que tinha diferença, sim, com sua sucessora. “É que ela pode fazer mais, fazer melhor. Se continuar assim, ela vai chegar a 87% no próximo mês”, emendou, numa referência à popularidade de Dilma.
Os dois fizeram os comentários depois de assistirem à sessão de estreia do documentário “Pela Primeira Vez”, no Museu Nacional. Dirigido por Ricardo Stuckert, o filme de 32 minutos mostra o último dia de Lula no Planalto e a passagem da faixa presidencial para Dilma.
Na plateia estavam réus do processo do mensalão, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, e o ex-deputado José Genoino. Também estavam o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, e o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) — suspeito de envolvimento com o contraventor Carlos Cachoeira.
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http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/na-plateia-do-filme-jose-dirceu-jose-genoino-agnelo-queiroz/
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