Saiba o que você precisa ter no armário para fazer as combinações certas e formar looks incríveis mais facilmente
Queridos, tenho feito alguns trabalhos nestas últimas semanas nos quais um fato curioso tem se repetido: minhas clientas, todas lindas, têm peças maravilhosas no armário, com estampas poderosas, cores da estação, peças com bom caimento, de boa qualidade. Porém, mesmo assim, ainda sentem que não possuem nada para vestir.
Você também se identificou?
Pois é! O grande problema nestes guarda-roupas era a falta de peças coadjuvantes ou conectoras, aquelas peças básicas que possibilitam coordenar as outras estampadas, com brilho, laços, detalhes e tudo mais de forma harmoniosa e sem errar.
São poucas as pessoas que dominam a arte de combinar estampas e cores fortes entre si e poucos lugares que permitem os looks mais extravagantes que muitas vezes estas coordenações criam. Portanto, é fundamental para qualquer pessoa ter estes itens básicos e neutros, peças-curinga mesmo, no armário para formar os looks mais facilmente, fazendo o guarda-roupa funcionar melhor.
Eu sou do grupo que acha que não tem muito uma receita para todos os guarda-roupas, que cada pessoa tem uma rotina e um estilo diferente e assim também peças-chave que funcionam de forma diferente. Porém, existem os básicos que não podem faltar no armário da maioria, e estes são os que listo abaixo:
Calça social/de alfaiataria preta ou escura
A calça escura é o curinga para qualquer mulher que trabalhe (e eu acho que também para as que não!). Fica boa com camiseta básica e all star, com uma camisa e scarpin, com uma blusa de seda e bota, vai da entrevista de emprego à balada… enfim, ela se encaixa de A a Z na vida e permite praticamente qualquer cor, estampa ou detalhe na parte de cima e nos acessórios. Tá bom assim?
Se você não gostar de calça comprida, pode optar por uma cigarrete que é super atual e elegante também e se não é fã do preto, o cinza chumbo ou um bege também são cores neutras que funcionam com quase tudo e fazem as vias desta peça-curinga.
Saia preta no joelho
Pode ser lápis, tulipa, em A, ou o modelo que ficar melhor para sua silhueta. De alfaiataria então, não tem como errar. A saia preta substitui a calça nas horas em que você quer estar mais feminina, quando o clima está mais quente e no inverno com meia-calça funciona super bem também, sem perder a seriedade e a elegância.
Com ela também combinam desde camisas para o trabalho até blusas de tecidos nobres como crepe, seda ou cetim para um jantar ou festa mais formal. Para mantê-la elegante, opte pelo comprimento no joelho ou, no máximo, 3 dedos acima dele.
Blusinhas básicas de todas as cores
Sabe aquela hora em que você quer usar a sua saia com brilho, um colete com tachas, uma calça xadrez, um vestido de verão naquele dia mais friozinho e assim por diante? Então! A blusinha básica é perfeito para estas peças mais complicadas de combinar, que possuem estampas, brilhos, transparências e afins.
Para colocar por baixo de blazers e cardigãs? Também ficam ótimas. E sob aquela camisa de crepe meio transparente? Regatinha com decote quadrado é tiro certo! Com jeans e sandália rasteira? Uma T-Shirt branca é o par mais clássico que existe.
Todo mundo tem que ter pelo menos uma branca e uma preta, de preferência com um decote quadrado ou redondo. Estas duas podem ser sem manga ou com manguinha T-Shirt, mas devem ser mais coladinhas para poder usar por baixo.
É bom ter também de manga comprida e de gola rolê, que ficam ótimas por baixo de vestidinhos tipo anos 50, de suéteres de tricô, de jaquetas de couro e tudo o mais. Depois que tiver estas duas cores, pode investir em outras conforme as peças do seu armário pedirem.
Blazer bem cortado
Um blazer bem cortado e de qualidade salva a vida de qualquer mulher. Por cima de vestidos, com uma camiseta básica e calça jeans, com calça social, com saia e agora até com shorts ele compõe o look, esquenta no inverno, complementa no verão e é hiper elegante.
Invista em um preto, chumbo ou marinho e depois, se gostar, procure outras cores que combinem com o que você já tem em casa. Ah, e depois de garantido o seu blazer curinga, procure algo no departamento dos trench-coats também: casacos mais clássicos impossível, alem de muito versáteis e elegantes. Que tal?
Bolsa “curinga”
Tem muita gente que tem bolsas de todos os jeitos, com franjas, tachas, laços, fios, zíperes, bordados, esportivas, de lona e afins, porém não tem aquela básica, discreta e neutra que vai com tudo e acaba com quaisquer problemas de coordenação.
Eu adoro bolsas coloridas e com detalhes também, mas acho que temos que ter aquela curinga, que funciona com tudo e a toda a hora, antes de investir em qualquer outra.
A bolsa curinga, de couro, sem muitos detalhes e mais estruturada, vai do trabalho ao shopping sem afetações, com qualquer cor de sapato e demais acessórios. Para algumas pessoas é a preta, mas pode ser marrom escura ou caramelo e até mesmo azul marinho. Escolha a sua, mas não deixe de ter esta bolsa salva-vidas em seu closet!
Scarpin ou bota clássica
Com esta moda de statement shoes, calçados cheios de personalidade, muita gente esqueceu de ter no armário aquele sapato clássico, que combina com tudo e vai do formal ao informal, da estampa ao brilho e do dia para a noite sem maiores preocupações.
Sim, estamos falando do tradicional scarpin de bico e salto fino, de couro e sem detalhes ou com detalhes mínimos. Quanto mais fino o salto e o bico, mais sofisticado ele é, e não tem mulher que não fique mais elegante com ele.
O mesmo vale para a bota de bico e salto fino, hoje também podendo ser substituída pela bota de montaria ou pela sapatilha para as que preferem mais conforto, ou até um oxford de salto, porque não? Contanto que sejam bem “limpos” e de ótima qualidade!
Enfim gente, poderia citar mais algumas peças, mas creio que cada um tem as suas indispensáveis para seu estilo de vida, né? O importante é sempre pensar que é necessário ter elos de ligação entre uma peça maravilhosa e outra, para não correr o risco de usar onça com zebra com brilho e babados e ficar hiper over, ou acabar com um armário cheio de “atores principais” e não saber como colocá-los em cena.
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