A maconha é quase 144 vezes menos mortal do que o álcool, de acordo com uma pesquisa publicada na revista científica Scientific Reports.
Das sete drogas incluídas no estudo, o álcool foi considerado a mais perigosa em nível individual, seguido pela heroína, cocaína, tabaco, ecstasy, metanfetamina e maconha.
Estudos anteriores sempre consideraram a maconha como a droga recreacional mais segura, mas ainda não se sabia o tamanho da discrepância entre as substâncias.
Os pesquisadores determinaram o risco de mortalidade ao comparar uma dose letal de cada substância com a quantidade geralmente usada pelas pessoas.
A maconha não apenas teve a razão mais baixa entre as drogas testadas, como foi verificada uma grande diferença entre suas doses letais e típicas. A erva foi a única droga testada classificada com "baixo risco de mortalidade". Todas as outras foram classificadas como "médias" ou "altas".
Os autores do estudo sugerem que as agências governamentais de combate a drogas poderiam, baseadas nos números, alterar a estratégia de combate aos entorpecentes. Segundo os pesquisadores, colocar o foco do trabalho no álcool e tabaco seria mais efetivo para a saúde pública do que o combate às drogas ilícitas.
Os cientistas esclarecem que o estudo não sugere que o consumo moderado de álcool é mais perigoso que o uso regular de heroína, por exemplo. Condições ambientais, como agulhas contaminadas, podem contribuir para os danos causados para usuários de substâncias injetáveis.
Segundo seus autores, o estudo foi feito especificamente para medir a mortalidade das substâncias isoladas.