Permitir a todo cidadão comum americano viver a noite foi motivo para fazer de John D. Rockefeller o homem mais abonado de seu tempo e um dos mais ricos da história. Seu produto revolucionário, o querosene, fez com que todo lar americano pudesse ter acesso a um espaço do dia antes muitas vezes restrito a uma pequena elite, capaz de pagar pelo óleo de baleia ou pelas velas comuns. A marca de Rockefeller entretanto vai muito além dessa empreitada. Sua guerra pessoal com Andrew Carnegie em torno da filantropia é uma herança americana presente ainda nos dias atuais.
Nenhum país do mundo realiza tantas doações como os americanos. São US$ 358 bilhões apenas em 2014 (cerca de 15% do PIB brasileiro doado para a caridade). A exemplo de Rockefeller, criar uma fundação e legar seu nome às mais variadas obras tornou-se uma obsessão de quase todo bilionário americano. Prédios de universidades quase sempre carregam o nome de ex-alunos ricos – alguns foram até mesmo construídos por meio de doações, como a Universidade de Chicago, criada por Rockefeller.
Para além de prédios e bibliotecas (como as 3 mil bibliotecas construídas por Andrew Carnegie), os bilionários americanos empenham-se em questões de cunho social e engajamento político. Dentre as mais de 1,52 milhão de entidades de caridade americanas, algumas merecem destaque exatamente pelo ativismo a que se propõem. Dentre elas, a Fundação Ford, criada em 1936 pelo bilionário Henry Ford, a Open Society, do bilionário George Soros, e a própria Fundação Rockefeller, cujos interesses hoje vão bem além da educação.
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