A armadilha funcionou: Dilma Rousseff emplacou ontem duas fotos com os governadores para aparentar normalidade contra o impeachment, além de um post mentiroso no blog da Presidência segundo o qual eles “fizeram uma defesa clara da democracia, do Estado de Direito e da manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma”, o que até seu aliado tucano Geraldo Alckmin negou, dizendo que “Isso não foi tema da reunião nem está em discussão”.
Mas Dilma não pensa em outra coisa.
1) Para engrossar o lobby no Tribunal de Contas da União contra a rejeição das contas do governo em 2014, ela convocou os ex-ministros do TCU Ubiratan Aguiar, que esteve no plenário na quarta confabulando com ministros, e Valmir Campelo, hoje vice-presidente do Banco do Brasil. Além disso, as denúncias contra o “indeciso” Aroldo Cedraz aumentam a cada dia e, depois dos casos envolvendo seu filho, agora seu cunhado é acusado de ter desviado dinheiro de uma ONG da região do Sisal, na Bahia, segundo a Folha. O jogo é pesado no TCU.
2) No Tribunal Superior Eleitoral, que investiga o abuso de poder político e econômico na campanha de Dilma, o governo conta com a possibilidade de uma troca na relatoria da ação antes do julgamento. O mandato do atual corregedor-geral da Justiça Eleitoral, João Otávio de Noronha, se encerra no fim de setembro e a próxima a ocupar o cargo é a ministra Maria Thereza de Assis Moura, que já pediu arquivamento de outra ação de investigação eleitoral que corre na corte contra Dilma. Maria Thereza é uma dos três ministros que tendem a favor do governo, sendo os outros com Henrique Neves e a ex-advogada de campanha de Dilma, claro, Luciana Lóssio, como mostrei aqui.
3) Para garantir o apoio da base aliada, Dilma já liberou 1 bilhão de reais de restos a pagar das emendas de 2014 e, como informou a coluna Radar, os gabinetes dos deputados estão recebendo telefonemas do Ministério das Cidades com o aviso. Eu havia perguntado aqui quantos apoios Dilma comprará até setembro para não cair e talvez já tenhamos a resposta no fim de agosto, embora sem saber exatamente o que cada um levou.
Mais Marketing
Hoje, Dilma inaugurou uma obra do Minha Casa Minha Vida e o Instituto Lula acusou seus adversários políticos de terem lançado uma bomba institucional, digo, “caseira”, em sua sede, embora as ‘investigações’ não tenham concluído se a nota foi escrita antes ou depois do ‘atentado’, nem se os acusados são os mesmos que quebraram a vidraça do Foro de São Paulo em 2013, ‘bombardearam’ a sede do PT durante a campanha de 2014, picharam a rua do Jô Soares após a entrevista com a mulher sapiens, fizeram ataques racistas contra a apresentadora Maju e “quase agrediram” o petista-propaganda do Banco do Brasil, Gregório Duvivier.
Hoje, Dilma inaugurou uma obra do Minha Casa Minha Vida e o Instituto Lula acusou seus adversários políticos de terem lançado uma bomba institucional, digo, “caseira”, em sua sede, embora as ‘investigações’ não tenham concluído se a nota foi escrita antes ou depois do ‘atentado’, nem se os acusados são os mesmos que quebraram a vidraça do Foro de São Paulo em 2013, ‘bombardearam’ a sede do PT durante a campanha de 2014, picharam a rua do Jô Soares após a entrevista com a mulher sapiens, fizeram ataques racistas contra a apresentadora Maju e “quase agrediram” o petista-propaganda do Banco do Brasil, Gregório Duvivier.
Em todo caso, duas teses genéricas podem ser ditas:
Para o PT, a melhor defesa é atacar-se.
Para blindar Dilma e Lula, o marketing do PT vai de vento em bomba.
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